Por redação AIoT Brasil

Sete meses depois do lançamento no Brasil, o Google liberou para os usuários de nove países europeus a funcionalidade AI Overviews, que se alimenta de IA generativa para permitir perguntas mais complexas e o aprofundamento das pesquisas feitas no Search. Usado por mais de 1 bilhão de pessoas e já disponível em quase todas as regiões do mundo, entre as quais o Reino Unido, o Overviews agora chega também a Portugal, Áustria, Bélgica, Alemanha, Irlanda, Itália, Polônia, Espanha e Suíça, em inglês e na maioria dos idiomas locais.

No comunicado em que anunciou o lançamento, o Google disse que a liberação ocorreu depois de testes extensivos e feedback positivo dos usuários: “Eles agora poderão ver o Overviews aparecer quando nossos sistemas determinarem que serão mais úteis, apresentando links proeminentes para a web para que as pessoas possam aprender mais facilmente”.

A principal diferença introduzida pelo Overviews é a apresentação de um resumo gerado por IA no topo dos resultados de pesquisa tradicionais, com o resultado claramente identificado como tendo sido gerado pelo novo método de busca e com o símbolo do Gemini, o sistema de IA do Google.

Logo depois do lançamento nos Estados Unidos e em outros países, o Overviews recebeu muitas críticas negativas, provocadas por imprecisões em algumas respostas, mas tudo indica que o sistema está mais estável. O próprio Google admite a possibilidade de falhas e, em uma de suas páginas de suporte, alertou: “A IA generativa é experimental e pode cometer erros. Por exemplo, em alguns casos esse experimento pode interpretar mal o conteúdo da web ou perder o contexto, como pode acontecer com qualquer sistema automatizado. Quando isso acontecer, incentivamos você a dar feedback por meio de polegar para cima ou polegar para baixo”.

Erros à parte, o lançamento repercutiu nos países europeus, principalmente pela expectativa em torno da resposta do mercado publicitário. Em Portugal, por exemplo, o portal SIC Notícias lembrou que o modelo de negócio da Google e da maioria dos motores de busca se baseia na prioridade dada aos links pagos relacionados às buscas dos usuário e observou: “Os utilizadores estão a mudar rapidamente para buscas feitas através de LLMs de IA que apresentam respostas mais estruturadas, mas nem sempre fiáveis a questões complexas. Nestes casos os links pagos perdem normalmente o seu valor, e as empresas estão a procurar a melhor forma de continuar o negócio que é a busca na Internet”.