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Seis exemplos de mulheres na tecnologia

Na celebração do Dia Internacional da Mulher, confira o que algumas delas têm a dizer a quem pensa em trabalhar na área de TI

08/03/2022

Seis exemplos de mulheres na tecnologia
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Por redação AIoT Brasil

Como acontece nas demais áreas profissionais, as mulheres estão conquistando cada vez mais espaço em atividades que envolvem tecnologia, seja à frente de startups, seja em programação, business intelligence, desenvolvimento de produtos, marketing online e em várias outras funções. Na semana em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, seis mulheres falam sobre suas experiências no setor de tecnologia.

Glaucia Hora, gerente de marketing da CM.com

Foto: Gabriel Reis 

Glaucia é uma especialista em marketing apaixonada por tecnologia e trabalha na empresa holandesa CM.com, recém-chegada ao Brasil. Ela conta: “Fui parar no mercado de tecnologia por ter morado e estudado fora e, ao acompanhar a tendência de outros mercados que estavam à frente do Brasil, percebi que havia muitas oportunidades para trabalhar no ramo. Não sabia ao certo em qual tipo de tecnologia, mas tinha preferência por empresas que ofereciam soluções na nuvem e de software”.

A partir daí, ela pesquisou vagas que tivessem relação com o seu propósito e manteve-se atualizada sobre novas tecnologias e inovações, de inteligência artificial e internet das coisas a robótica, aprendizado de máquina, blockchain e metaverso. Hoje, Glaucia lidera a estratégia geral de marketing da CM.com para o Brasil em campanhas de field marketing, geração de demanda, partner marketing e brand awareness. Também gerencia campanhas digitais nas principais plataformas e canais de mídias sociais, elabora análises de mercado e tendências e dá apoio consultivo na prospecção de novos leads.

Renata Marini, líder de marketing na Sinqia
Antes de ingressar na empresa de software e soluções para o mercado financeiro Sinqia, Renata trabalhou em empresas de tecnologia e entende bem como é atuar em setores majoritariamente masculinos. Formada em administração de empresas, começou como estagiária na IBM, onde permaneceu por 14 anos e chegou à gerência de marketing para a América Latina. Depois migrou para a área de turismo, mas deu nova guinada na carreira quando o segmento sentiu o forte efeito da pandemia de covid-19: “Então optei por retornar para TI, segmento em que tenho expertise, além de uma grande paixão”.

Na Sinqia desde 2020, ela afirma: “É fascinante fazer parte de uma companhia que está na contramão do mercado – contratando, crescendo e se consolidando como líder”. E o modelo de home office fez toda a diferença, pois Renata engravidou logo depois de sua contratação e hoje ela tem um filho de 9 meses.

Ela diz que, em qualquer situação profissional, as mulheres precisam mostrar o tempo todo o quanto são capazes: “As barreiras da naturalização do machismo contribuem para inibir o lugar de protagonista que a mulher deve ocupar em suas áreas de atuação, com as competências cabíveis. As mulheres ainda carregam a responsabilidade da dupla jornada. Buscando também equilibrar sua vida pessoal e profissional desde cedo, as líderes compreendem a necessidade de flexibilidade para resolver as questões do dia a dia, o que dá a elas vantagem na hora de enxergar respostas alternativas, modificar, contornar ou romper padrões e processos rígidos”, afirma.

Marina Melemendjian, chief growth office da Tembici
A Tembici é uma empresa especializada em tecnologia para micromobilidade e, ao ampliar sua área de atuação e desenvolver novos negócios, criou o cargo de chief growth office (CGO), algo como diretor de crescimento, e para preenchê-lo contratou Marina. “O principal desafio da posição está muito ligado à execução. Existem inúmeras novas ideias e oportunidades e, nesse contexto, é fundamental tomar decisões baseadas em dados”, explica.

Ela conta que sua trajetória começou no setor financeiro e, em um segundo momento, desenvolveu uma série de skills com foco na carreira executiva, passando por posições como CFO, diretora de M&A, novos negócios e relações com investidores: “Pude então ter uma visão de 360 graus do mercado. De uma forma geral, nessas experiências minhas atuações foram todas muito ligadas à expansão.”

Natalia Alexandria, sócia e diretora comercial da CashU
Ela começou a trabalhar muito cedo, aos 14 anos, e em 2003 “descobriu” o mercado financeiro, no qual atuou por 10 anos, com experiências em grandes bancos, em um grupo financeiro de Toronto, Canadá, e em algumas fintechs, áreas com acentuada presença masculina. “Fiz duas mudanças na minha vida. A primeira quando o mercado financeiro tradicional passava por uma crise e o ecossistema de inovação no Brasil estava em crescimento. Aproveitei para me recolocar profissionalmente. A segunda aconteceu mais recentemente, quando fiz a escolha de voltar para o mercado tradicional. Porém, após 10 meses a falta de dinamismo, de representatividade e de agilidade me fez retornar para o ecossistema de inovação, integrando-me ao time da CashU”, conta.

Natalia diz que sua mãe é a maior inspiração: “Toda a minha trajetória foi inspirada nela, que para mim sempre foi um sinônimo de empoderamento feminino. Vou atrás de tudo o que conversa com a minha história, com os valores em que acredito. Hoje eu posso dizer que estou onde sempre quis pelos meus méritos, e não pelo meu gênero”.

Betina Wecker, cofundadora da Appmax

A gaúcha Betina tem espírito empreendedor e ainda bem jovem, ao lado do irmão, fundou uma empresa de e-commerce na área de beleza, que chegou a faturar R$ 150 milhões. Com a experiência adquirida, percebeu que havia outras oportunidades no mercado e decidiu criar sua própria plataforma de pagamentos online, a Appmax, uma startup que oferece soluções digitais.

Hoje ela é a mulher à frente da fintech, que depois de três anos de atividade já atende mais 12 mil sites e soma transações de R$ 1 bilhão. “Empreender sempre esteve na minha mente, e durante todos esses anos precisei enfrentar os desafios de ser mulher, ser jovem e ainda assim estar inserida em um universo comandado por homens”, afirma.

Betina diz que, diariamente, é preciso desconstruir os conceitos de gênero e mostrar que existe espaço no mercado para as mulheres dispostas a não aceitar as limitações impostas: “Fico imensamente feliz em ver o crescimento no número de mulheres que estão na liderança de grandes corporações. O futuro é nosso e está cada vez mais perceptível”.

Iris Freund, diretora de marketing da Tul
A tecnologia sempre esteve presente na vida profissional de Iris, que hoje exerce um cargo de liderança na Tul, uma startup colombiana que acabou de desembarcar no Brasil para atuar como plataforma de comércio eletrônico B2B na cadeia de suprimentos de materiais de construção. Em experiências anteriores, liderou as operações da Uber e do WeWork e atualmente é responsável por toda a área de comunicação da Tul.

“A tecnologia fez parte de toda a minha carreira, e nos últimos anos pude colaborar para que grandes empresas da área conquistassem seu espaço. Carrego na minha rotina a missão de transformar e ajudar na construção da história da empresa em que atuo. Na Tul, uma nova história está sendo construída, com o início das operações no Brasil”, diz.

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#Dia Internacional da Mulher#mulheres empreendedoras#mulheres na tecnologia

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