Por redação AIoT Brasil

A Schneider Electric, multinacional de tecnologia, decidiu enfrentar o desafio da descarbonização “dentro de casa”. O esforço, iniciado na  conferência RIO+20 e acelerado na COP21, trouxe resultados promissores e, hoje, a empresa figura entre as cinco companhias mais sustentáveis do mundo e a mais sustentável do Brasil.

Com base no conhecimento adquirido nas próprias edificações e de clientes mundo afora, a Schneider apresentou o conceito de edifícios do futuro, construções onde as estruturas devem ser sustentáveis, resilientes, hipereficientes e centradas nas pessoas.

Dentre as estruturas ofensoras, foi descoberto que os edifícios são responsáveis por, aproximadamente, 40% das emissões globais de CO2 e mais de 30% do desperdício de energia. Logo, é fácil imaginar onde foi que se encontrou maior possibilidades de redução de emissões. O conceito já foi aplicado no IntenCity, um edifício inteligente situado em Grenoble, França. A construção é baseada em quatro etapas para diminuir as emissões de CO2 nas operações, reduzir a energia e substituir sua fonte de energia pela renovável. 

“O IntenCity foi projetado por meio do modelo avançado de desempenho de energia da Schneider Electric e já faz parte do cenário energético do futuro. Com a inovação em seu núcleo, representa uma visão inovadora para a nova era de um mundo totalmente digital e elétrico”, afirmou André Marino, vice-presidente sênior da unidade de negócios Digital Buildings da Schneider Electric.

Baseados em 60 mil pontos de dados, o edifício foi construído com um sistema de gerenciamento e análises associadas. Utilizando dispositivos conectados, gerenciamento predial e análises avançadas, foi permitido o monitoramento e produção de relatórios digitais de indicadores de nível de desempenho (KPIs) de energia e carbono.

Além disso, conta com 4 mil m² de painéis fotovoltaicos, duas turbinas eólicas e 300 kW de armazenamento de bateria no local, o que gera 970 megawatts-hora de energia por ano – suficiente para abastecer 200 residências. Como toda a energia é fornecida por fontes renováveis, o gasto é dez vezes menor em comparação aos edifícios europeus. O IntenCity consome a energia necessária e tem a capacidade de estocá-la e entregá-la para fora do edifício, tornando-o Net Zero Energy.