Startup brasileira realiza primeiro voo oficial de “drone gigante”
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15/03/202416/11/2021
Por redação AIoT Brasil
Pesquisadores da Universidade de Zurique, na Suíça, anunciaram o desenvolvimento de um drone capaz de voar com segurança em ambientes desconhecidos, como florestas, cavernas, ruínas e áreas abandonadas, sem bater em árvores, paredes e outros obstáculos. O segredo é uma rede neural que “aprendeu” a comandar o drone depois de um treinamento simulado com a ajuda de instrutores humanos, em cenários simulados em computador, com recursos de inteligência artificial e internet das coisas.
O sistema foi criado pelo Grupo de Robótica e Percepção da universidade suíça, liderado por Davide Scaramuzza, que explicou: “Para dominar um voo autônomo ágil, você precisa entender o ambiente em uma fração de segundo e guiar o drone ao longo de caminhos livres de colisão. Isso é muito difícil tanto para humanos quanto para máquinas. Pilotos humanos especializados podem atingir esse nível após anos de treinamento. Mas com as máquinas ainda é muito difícil”.
Para solucionar o problema, a equipe de Scaramuzza utilizou um drone com quatro motores e, em computador, criou um ambiente simulado repleto de obstáculos complexos, como as árvores de uma floresta. Com um algoritmo de inteligência artificial, câmeras de bordo e sensores, eles treinaram exaustivamente a aeronave, até que seu sistema autônomo tivesse capacidade computacional suficiente para encontrar sempre a melhor trajetória e evitar colisões, mesmo a 40 km por hora.
Depois desse treinamento virtual, o sistema foi testado em ambientes reais. “A IA aproveitou os simuladores de alto desempenho para adquirir habilidades de navegação da noite para o dia, enquanto um piloto humano precisa de anos de prática”, disse o pesquisador Antonio Loquercio. Elia Kaufmann, que também participou do trabalho, acrescentou: “Curiosamente, esses simuladores não precisam ser uma réplica exata do mundo real. Se usarmos a abordagem certa, mesmo simuladores mais simples são suficientes”.
O estudo foi publicado na revista Science Robotics e, segundo os pesquisadores, a mesma abordagem com inteligência artificial e internet das coisas pode ser aplicada para aperfeiçoar o desempenho de carros autônomos ou em operações em que a coleta de dados seja muito difícil. O próximo passo, afirmam, será tornar o drone ainda mais eficiente, ao aprender por meio da experiência, e desenvolver sensores mais precisos e rápidos, para permitir voos em velocidades acima de 40 km/h.
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