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21/11/202406/09/2022
Por redação AIoT Brasil
Um quadro em estilo clássico em que se destacam três figuras com mantos esvoaçantes venceu um concurso em uma feira de artes no Colorado, nos Estados Unidos, e seu autor, Jason Allen, recebeu um prêmio modesto, de apenas 300 dólares. Porém, o resultado provocou críticas nos meios artísticos do país assim que o autor revelou que havia usado a ferramenta de inteligência artificial Midjourney para fazer grande parte da obra, ao mesmo tempo em que reacendeu a discussão a respeito dos limites das técnicas de manipulação de imagens.
A obra “Théâtre d’Opéra Spatial” é de fato impressionante e, segundo um dos juízes do concurso, “evoca a arte renascentista”. Porém, o artista foi acusado de enganar os jurados ao usar os recursos de uma máquina para ganhar uma disputa com pessoas que recorreram apenas à criatividade. A polêmica ganhou destaque em veículos importantes, como o jornal The Washington Post, que publicou uma longa matéria para discutir a legitimidade do uso de ferramentas como o Midjourney e o DALL-E 2, que podem gerar cenas ultrarrealistas de pessoas, objetos e locais e até imitar estilos de arte.
Houve crítico que classificou o quadro de Allen como “plágio automatizado”, por ter sido elaborado com IA, o que poderia alimentar medos mais profundos como a alteração dos limites da realidade e o extermínio do trabalho criativo e da arte humana. Ao Washington Post, Allen disse que sua obra mostra que “as pessoas precisam superar a negação e o medo de uma tecnologia que pode capacitar novas invenções e remodelar o mundo”. A IA, segundo o artista, é apenas uma ferramenta, assim como o pincel também é uma ferramenta. “Sem a pessoa, não há força criativa”, afirmou Allen, que tem 39 anos, fez um curso técnico de computação e administra uma empresa.
Ele disse que não se considera um artista e nunca havia participado de um concurso de artes. No início deste ano começou a perceber o aumento das postagens de arte de IA nas mídias sociais, mas inicialmente estava cético em tentar, por “razões espirituais”, pois a prática parecia ser “uma porta de entrada para a comunicação com o desconhecido”.
Mas ele começou a brincar com ferramentas de produção de imagens com IA e ficou obcecado com o Midjourney, que permite que o usuário digite uma descrição para criar um quadro realista. O aplicativo foi criado por uma startup que se autodenomina “um laboratório de pesquisa independente que expande os poderes imaginativos da espécie humana”. Com esses recursos, Allen começou a gerar milhares de imagens, alterando os prompts de texto a cada criação e experimentando novas configurações, cenários e efeitos. Ele pediu, por exemplo, imagens no estilo de Leonardo da Vinci e do artista psicodélico norte-americano Alex Gray e acabou por criar uma série que chamou de “teatro de ópera espacial”, na qual estava a obra que ganhou o prêmio no Colorado.
E tudo indica que ele não vai parar por aí. Depois de terminar “Théâtre d’Opéra Spatial”, o quadro premiado, ele contou sua reação: “Eu fiquei tipo, cara, isso é tão doentio! Eu quero ver mais disso! Eu estou viciado! Eu estou obcecado!”.
#arte renascentista#inteligência artificial#manipulação de imagens#Midjourney
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