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21/11/202405/02/2024
Por redação AIoT Brasil
A cidade de Porto Alegre (Rio Grande do Sul) utiliza a tecnologia como uma resposta aos desafios nos indicadores de segurança pública. As soluções estão sendo elaboradas em conjunto entre a prefeitura municipal da capital gaúcha, Brigada Militar e o hub de inovação Instituto Caldeira. O Smart Shield é um projeto de monitoramento por meio inteligência artificial com o uso de câmeras públicas e privadas.
A iniciativa, que é resultado da entrada em março passado do Smart Policing Lab, Centro de Inovação e Pesquisa da Brigada Militar, no Instituto Caldeira, realizou na fase inicial um cruzamento de informações por meio de ciência de dados para identificar os crimes mais comuns cometidos no 4º Distrito, onde o projeto está sendo testado. A área, próxima do aeroporto da capital e dos acessos às cidades da região metropolitana, enfrenta desafios para combater crimes como roubos, furtos e homicídios, por exemplo.
“A gente busca agora fazer uma conexão entre a segurança pública e as startups para que se consiga, através dessas conexões, contratar soluções que sejam muito positivas, que resolvam de forma bem significativa os nossos problemas. E que o custo destas soluções sejam menores do que os custos que a gente paga hoje”, comenta o Tenente Coronel Roberto Donato, idealizador do Centro de Inovação e Pesquisa.
Com base em elementos técnicos e científicos e com a contribuição do Fundo Amanhã e do Business Analytic Hub, as tecnologias mais adequadas estão sendo elencadas para reforçar a segurança na região.
Distrito de inovação
A implementação do projeto Smart Shield foi possível a partir de encontros ocasionados pelo Instituto Caldeira. O hub de inovação localizado no 4º Distrito de Porto Alegre encoraja a serendipidade como motor de inovação e promoveu as trocas entre a Brigada Militar, Fundo Amanhã, Business Analytic Hub e DGT Tecnologia, empresa especializada em desenvolver soluções para segurança pública e responsável pela plataforma e câmeras instaladas na fase de testes.
“O Smart Shield é a materialização da capacidade de transformação que a gente acaba observando quando há colaboração entre diferentes atores. Quando instalamos o Instituto Caldeira no 4º Distrito, imaginamos que poderíamos ter ali um Distrito de Inovação. E um Distrito de Inovação requer, antes de mais nada, colaboração entre empresas privadas, poder público e diferentes atores que querem de alguma forma contribuir para o desenvolvimento de alguma região”, comenta Pedro Valério, CEO do Instituto Caldeira.
No modelo de monitoramento colaborativo, não apenas o Estado contribui para obtenção de imagens da cidade, mas também empresas e munícipes atuam em conjunto. Para integrar essas informações e, principalmente, analisar os riscos que as imagens denunciam, é que a tecnologia se faz mais presente.
A plataforma Zion, desenvolvida pela DGT Tecnologia, recebe as informações fornecidas por câmeras de segurança conectadas à internet, analisa riscos potenciais com base em comportamentos anormais de veículos e pedestres — um carro em alta velocidade ou pessoas em confronto, por exemplo — e emite alertas que serão compartilhados imediatamente com a Brigada Militar.
Para isso, os equipamentos devem estar instalados voltados para a rua, de modo que filmem o passeio público. Apesar da possibilidade de agregar praticamente qualquer equipamento que possa ser conectado à internet, a empresa desenvolveu uma câmera especial que utiliza inteligência artificial para informar em tempo real por meio de sinais luminosos aos cidadãos o nível de segurança da região onde estão passando.
O alerta também pode ser emitido por um operador a partir da central de controle ou após um pedido de ajuda de alguém que sinta que está em uma situação de risco. Esses equipamentos têm acoplados à câmera uma luz que permanece azul caso não haja risco iminente e muda para vermelho quando algum alarme é disparado.
“As câmeras que estão conectadas nos quarteirões próximos vão passar a piscar em vermelho também, então todos os pedestres que estão ali caminhando e as pessoas que estão dirigindo vão perceber essa mudança, elas passam a receber uma informação de que tem algum alerta essa região e que pode colocar ela em risco. Logo, ela vai redobrar a atenção e diminuir a sua exposição”, explica Maurício Loeser, fundador e COO da DGT Tecnologia.
Ainda na etapa de testes, a intenção é de que o Smart Shield possa ser difundido para toda a cidade de Porto Alegre. Para isso, além do amadurecimento do sistema implantado no 4º Distrito, é preciso que ocorra a formalização de protocolos e de que critérios para garantir a segurança de dados sejam estabelecidos.
Algoritmo para patrulhas e realidade virtual para treinamentos
Outras soluções desenvolvidas no Smart Policing Lab, instalado no Instituto Caldeira, também já estão sendo implementadas no cotidiano da população. A iniciativa, nascida em um experimento junto à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), desenvolveu um algoritmo que aprimora o planejamento das visitas das patrulhas Maria da Penha. Com ele, a logística de deslocamento foi melhorada, priorizando questões como o nível de risco enfrentado pelas mulheres vítimas de violência.
Antes da implementação dessa tecnologia, uma patrulha em Porto Alegre levava até 27 dias para atender todas as vítimas de violência de determinada região. Com a mudança, esse prazo foi reduzido para apenas três dias. Como próximo passo da iniciativa, há a ambição de desenvolver um software que possa ser compatível para utilização da Brigada Militar em todo o Estado em rotinas de fiscalização e de atividades operacionais preventivas, como as realizadas em escolas e na área rural.
Treinamentos imersivos por meio da realidade virtual também estão entre os interesses da Brigada Militar. A solução que está em fase de desenvolvimento com parceiros, utiliza da tecnologia para simular ocorrências que representem alto risco para o policial. Desse modo, ele tem a oportunidade de treinar suas respostas em um ambiente seguro e controlado antes de passar a atuar nas ruas.
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