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21/11/202431/01/2024
Por redação AIoT Brasil
De acorco com uma pesquisa do Boston Consulting Group (BCG) a inteligência artificial (IA) e a inteligência artificial generativa (GenAI) são vistas como oportunidades, e não ameaças, para 86% da alta liderança de empresas sul-americanas. E, apesar de 75% dos entrevistados afirmarem que aumentarão seus investimentos em IA e GenAI em 2024, o percentual é inferior à média global de 85%.
O estudo do BCG é baseado em uma pesquisa com mais de 1.400 executivos C-Level em 50 mercados e 14 setores. Identificou-se que, mesmo com o potencial da inteligência artificial e IA generativa apresentado em 2023, lideranças de todo o mundo ainda lutam para transformar o “hype” em realidade.
Segundo o levantamento, 66% dos executivos estão incertos ou totalmente insatisfeitos com o progresso de suas organizações em relação à IA e GenAI até agora. Entre as três principais dificuldades apontadas, estão: falta de talento e habilidades (62%), falta de definição quanto aos planos de implementação e prioridades de investimento em IA e GenAI (47%) e ausência de uma estratégia em relação à responsabilidade na IA e GenAI (42%).
A pesquisa do BCG aponta, ainda, que a América do Sul é a região mais conservadora em relação às expectativas de ganhos de produtividade com as tecnologias. Na região, 29% dos executivos esperam ganhos de 10% ou mais em 2024, sendo que a expectativa média global é de 46%. Além disso, 55% dos líderes empresariais sul-americanos relatam falta de orientação ou restrições sobre o uso de IA/IA generativa no trabalho, enquanto 69% aguardam definições específicas nas regulamentações para avançar com as iniciativas.
“Quando a tecnologia está mudando tão rapidamente, pode ser tentador esperar para ver o rumo que será tomado. Mas com a GenAI, notamos que as empresas líderes estão experimentando, aprendendo e construindo habilidades em escala enquanto as mudanças acontecem”, afirma Caio Guimarães, diretor executivo e sócio do BCG.
É necessário treinamento para ampliar o uso das tecnologias no dia a dia, porém, o estudo do BCG mostra que apenas 6% das empresas treinaram mais de 25% de suas equipes em ferramentas de GenAI até agora – o que justificaria a opinião de 73% dos executivos regionais que não têm confiança na proficiência de seus funcionários na tecnologia.
Investir é garantir retornos e benefícios a longo prazo
Globalmente, 89% dos executivos classificam a IA e a GenAI como uma das três principais prioridades tecnológicas para 2024, e 71% deles afirmam que planejam aumentar os investimentos em tecnologia neste ano, um aumento de 11 pontos em relação a 2023. Ainda, 54% dos líderes já esperam que a GenIA proporcione redução de custos este ano, principalmente por meio de ganhos de produtividade em operações, atendimento ao cliente e TI.
De acordo com o relatório, as empresas líderes na adoção da IA generativa reconhecem que seu uso veio para ficar e seu potencial, tanto para aumentar a produtividade quanto para o crescimento dos negócios. O BCG destaca algumas características que distinguem tais empresas das que estão ficando para trás:
• Investimento em produtividade e crescimento. Busca por ganhos de produtividade superiores a 10% e reinvestimento para aumentar a receita.
• Capacitação sistemática. Foco em aprendizado constante, e isso inclui os próprios executivos: 21% das empresas que planejam investir mais de US$ 50 milhões em IA em 2024 já treinaram mais de um quarto de seus funcionários.
• Atenção ao custo de uso. As empresas sabem que os gastos com o uso da GenAI têm impacto a longo prazo e devem ser sempre vigilantes com esse ponto.
• Relações estratégicas. Desenvolvimento de um ecossistema de parceiros para gerenciar desafios complexos e responder rapidamente aos desafios.
• Implementação dos princípios de IA responsável (RAI). Estratégias de RAI são pauta dos CEOs em 27% das empresas que planejam investir mais de US$ 50 milhões em IA em 2024 e elas se preparam proativamente para lidar com políticas de regulamentação.
“A IA generativa pode ser aproveitada para melhorar a eficiência de tarefas diárias, remodelar funções e criar modelos de negócios. Desbloquear o potencial da tecnologia significa aumentar produtividade, impulsionar a receita e criar vantagem competitiva a longo prazo”, finaliza Guimarães.
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