Os veículos aéreos não tripulados já estão por todos os lados e sendo usados para inúmeros fins, inclusive em guerras. Até que ponto é possível manter a segurança cibernética?
16/04/2025
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Por Raphael Tedesco*
A economia de baixa altitude cresce rapidamente, trazendo inovação e novas oportunidades, mas também apresenta desafios significativos para a segurança cibernética. A dependência de tecnologias avançadas e sistemas interconectados expõe essa economia a riscos como ataques de rede, vazamento de dados e controle malicioso de sistemas. Conheça os principais riscos para a segurança e algumas medidas que podem ser adotadas para manter a proteção, inclusive dos cidadãos.
Privacidade Veículos aéreos não tripulados e outras aeronaves podem coletar dados sensíveis, como imagens faciais e gravações de voz, sendo que a falta de proteção pode resultar em violações da privacidade dos cidadãos. Entre as estratégias para mitigar os riscos, estão o uso de criptografia para proteger dados coletados, a regulamentações para limitar a coleta e armazenamento de informações pessoais e a transparência nas operações para garantir consentimento adequado.
Dados Grandes volumes de informações, como trajetórias de voo e dados geográficos, podem ser alvos de vazamentos, que podem comprometer a segurança nacional e a estabilidade social. Neste caso, as táticas de defesa envolvem protocolos de segurança avançados, monitoramento constante para identificar acessos suspeitos e políticas de compartilhamento de dados que minimizem riscos de vazamento.
Cadeia de suprimentos Dependência de múltiplos fornecedores pode expor o setor a falhas ou vulnerabilidades e ataques direcionados podem comprometer todo o sistema. Para mitigar os riscos, são necessárias auditorias rigorosas de fornecedores para evitar componentes inseguros, implementação de padrões obrigatórios de segurança em toda a cadeia e monitoramento contínuo de vulnerabilidades na infraestrutura.
Ataques no sistema Sistemas de controle de veículos aéreos não tripulados e aeronaves podem ser hackeados, levando à paralisação ou ao controle malicioso, o que pode resultar em acidentes graves e ataques coordenados. Entre as principais ações para manter a proteção, estão o desenvolvimento de sistemas redundantes para evitar paralisações totais, Inteligência Artificial para detectar e responder a ameaças em tempo real e treinamento de equipes de segurança para lidar com ataques cibernéticos.
Autenticação de Identidade A falta de autenticação robusta pode facilitar falsificações e acessos não autorizados, o que aumenta o risco de fraudes e manipulação de informações. Por isso, para minimizar situações adversas, é essencial a adoção de autenticação multifator para acessos críticos, o uso de blockchain para garantir integridade e rastreamento seguro, o registro obrigatório de operadores e dispositivos para controle de segurança.
Comunicação Links de comunicação podem ser interceptados, interferidos ou adulterados e ataques podem levar à interrupção das operações ou ao vazamento de informações estratégicas. Dessa forma, o uso de criptografia de ponta a ponta e redes seguras (VPNs) e tecnologias anti-interferência para evitar sabotagens, além de padrões regulatórios são extremamente necessários para garantir operações seguras
Com a evolução da economia de baixa altitude, a implementação dessas medidas é essencial para garantir um ambiente seguro e confiável. A cooperação entre governos, empresas e especialistas em segurança será fundamental para mitigar riscos e fortalecer essa indústria emergente.
*Raphael Tedesco é diretor da NSFOCUS para América Latina