A economia está cada vez mais impulsionada por dados. Apesar de não ser um tema novo, há uma demanda muito maior por eles em reflexo à crescente de soluções baseadas em inteligência artificial (IA) e machine learning. Empresas estão investindo em análises avançadas para embasar decisões estratégicas, inovar em produtos e aperfeiçoar processos.

Uma pesquisa recente realizada pelo Fórum Econômico Mundial (World Economic Forum – WEF) com o apoio da Fundação Dom Cabral (FDC) revelou que as empresas estão focadas em incorporar tecnologias avançadas em seus negócios. Big data, computação em nuvem e IA estão entre as principais prioridades, com mais de 75% das companhias planejando integrá-las nos próximos anos. Além disso, uma análise abrangente, considerando o período de 2023 a 2027, destacou que a maioria dos executivos (86,2%) identifica a adoção de novas tecnologias como a macrotendência mais provável e crescente.

Essas tecnologias, marcadas por seu potencial de crescimento e impacto expressivo, estão delineando o ambiente empresarial e demandando uma postura proativa dos líderes para se adaptarem e aproveitarem as oportunidades emergentes. Com um contexto tão dinâmico, a necessidade crescente por informações e adaptação tecnológica ágil reflete uma nova realidade econômica, onde os dados se transformam em um recurso valioso.

Portanto, compreender e gerir eficientemente os dados é crucial para manter a competitividade e o crescimento no mercado atual. Nesse cenário, a cibersegurança emerge como um dos pilares fundamentais junto com analytics. Os riscos associados à crescente quantidade de informações coletadas e armazenadas pelas empresas demandam estratégias robustas para proteger esses dados contra ameaças cibernéticas, tais como ataques de ransomware e violações de dados.

À medida que a inteligência artificial avança, torna-se mandatório adotar estratégias holísticas, apoiadas por soluções customizadas e serviços terceirizados para assegurar resiliência contra ameaças digitais. Com o surgimento e integração de inovações tecnológicas no mercado, a indústria de segurança cibernética precisará aprimorar-se continuamente para oferecer novos serviços, estimulando avanços tecnológicos para garantir a segurança dos dados, inclusive com o uso de IA e aprendizado de máquina. Além disso, é provável que presenciemos a implementação de regulações mais rigorosas para a proteção da privacidade do usuário, tornando a cibersegurança ainda mais integrada.

A nova economia baseada em dados e a cibersegurança enfrentará um ambiente em constante mudança, exigindo adaptação contínua e inovação para acompanhar os avanços tecnológicos e as ameaças emergentes. Espera-se que as empresas invistam cada vez mais em tecnologias e estratégias de segurança cibernética para proteger seus dados e infraestruturas contra ameaças digitais.

Já as organizações de cibersegurança podem aguardar um cenário de contínua evolução e desafios nos próximos anos. Tudo isso culmina com o crescente volume e complexidade dos dados sendo gerados e utilizados com uma demanda ainda maior por soluções avançadas de análise de dados e inteligência artificial para extrair insights significativos e acionáveis.

Marcelo Ciasca é CEO da Stefanini Brasil