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Microsoft e Embrapa fazem parceria para levar IoT à pecuária

Sistema Compost Barn utiliza plataforma em nuvem Azure com câmeras e sensores inteligentes que monitoram os animais

17/11/2020

Microsoft e Embrapa fazem parceria para levar IoT à pecuária
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*Foto: Modelo Compost Barn em uma fazenda experimental de gado leiteiro/Divulgação Embrapa

Por redação AIoT Brasil

A tecnologia deixou de ser novidade no agronegócio brasileiro e responde há vários anos por parte considerável dos bons resultados obtidos pelo setor nos últimos anos. Agora, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), responsável por grande parte das inovações que ocorrem no campo, associou-se à Microsoft para levar inteligência artificial, internet das coisas e análise de dados também à pecuária leiteira, com o objetivo de reduzir o estresse, as doenças e as infecções em vacas e aumentar a produtividade de leite.

Dados do Ministério da Agricultura dos Estados Unidos projetam que em 2020 serão produzidos 24,95 milhões de toneladas de leite no Brasil, o que leva o país ao sexto lugar no ranking mundial. Com a parceria tecnológica, a Embrapa pretende aumentar essa produção e, para isso, idealizou o Compost Barn, um espaço de confinamento numa fazenda experimental em Coronel Pacheco (MG) em que são utilizadas inovações baseadas em Azure, plataforma em nuvem da Microsoft. Com o conceito “Vacas e pessoas felizes”, o sistema conta com uma plataforma de IoT equipada com câmeras e sensores inteligentes que identificam o movimento dos animais e geram dados para o controle de temperatura, luminosidade e fornecimento de água e alimento.

De acordo com a Embrapa, no Compost Barn os animais circulam livremente pelo estábulo, cuja principal característica é o material orgânico distribuído sobre o piso, para proporcionar mais conforto às vacas leiteiras. Essa “cama orgânica” pode ser feita com serragem, caroço de amendoim, casca de café e outros materiais orgânicos e dispensa o uso das baias com camas de areia ou borracha normalmente utilizadas. “O piso mais macio também contribui para evitar problemas nos cascos dos animais”, explica Alessandro Guimarães, pesquisador da Embrapa.

Wagner Arbex, analista de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa, diz que um dos gargalos do mercado de leite no país é a dificuldade em levar a tecnologia até o produtor: “As soluções já existiam e o interesse pela inovação também. Nossa parceria com a Microsoft consistiu em, exatamente, criar esse elo entre os produtores e a tecnologia, de forma a evidenciá-la e levá-la para mais lugares do país”. O próximo passo, segundo Arbex, é aplicar a tecnologia para o monitoramento da umidade do solo por onde caminham as vacas leiteiras, a fim de reduzir o risco de infecções.

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