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13/11/202512/11/2025

Por redação AIoT Portugal
Bem mais do apenas fazer pesquisas, sugerir conteúdo e responder às perguntas dos usuários, a IA agêntica é capaz de tomar decisões e desenvolver tarefas por conta própria, mudando alguns conceitos a respeito de controle e criatividade. Foi isso que Tao Zhang (foto), cofundador e diretor de Produto da Manus AI, mostrou na manhã de hoje no palco central do Web Summit Lisboa, em conversa com Steve Clemons, editor-chefe da National Interest e apresentador da Al Jazeera.
Lançada em março deste ano, a Manus AI é descrita como “o primeiro agente geral de IA do mundo que conecta pensamento e ação” e, em pouco mais de seis meses, conquistou milhões de usuários ativos e US$ 100 milhões em receita. Entre várias outras habilidades, consegue escrever e executar código Python num ambiente seguro e, ao lado do fenômeno DeepSeek e da Alibaba, está mostrando que a China está mesmo disposta a concorrer em pé de igualdade com as IAs das big techs norte-americanas.
Nesta quarta-feira, Zhang provou isso de maneira simples e clara, apenas com exemplos da versatilidade da Manus AI, que é capaz tanto de orientar as aplicações financeiras de sua família como de ajudar a construir um site para crianças com autismo no Brasil. “Conheço alguns casos interessantes de aplicação da nossa IA, mas estou fascinado com esse projeto brasileiro e quero que o mundo o conheça”, disse.
Ele explicou que sua IA agêntica tem uma grande base de usuários no Brasil: ”E descobrimos que uma ONG está usando a Manus para desenvolver um site no qual os pais de crianças com autismo poderão acessar recursos e cursos. Antes da Manus eles não tinham pessoal de tecnologia suficiente para construir o site e todos esses recursos práticos, contavam com apenas três ou quatro pessoas, e agora têm esses recursos”.
De acordo com Zhang, ao atribuir uma tarefa à Manus, o sistema elabora um plano por conta própria e o executa passo a passo, também por conta própria. “Acho muito difícil, nesse tipo de conversa, capturar a experiência, a emoção, a intuição e a interação com o sistema. E acho que uma das coisas que mais empolga as pessoas é que, ao interagirem com a Manus, elas sentem que estão lidando com alguém, com um humano. Estão colaborando, não estão apenas dando ordens”, explicou.
Como exemplo de uso prático, Zhang disse que sua esposa é quem cuida das finanças da casa, o que inclui negociações diárias de ações na bolsa: “Então, ela recorre à Manus e usa matemática para fazer todas as pesquisas sobre diferentes ações, sobre todas essas decisões de negociação. Eu, por outro lado, uso a IA para me preparar para o dia, adiantar meu trabalho, e isso criou um complemento realmente incrível. Eu li a avaliação da MIT Review sobre a Manus, feita em março, e tem uma frase que eu adorei, quando o autor disse que é como colaborar com um estagiário superinteligente e eficiente”.
Em relação ao risco de delegar decisões importantes a uma IA autônoma, Zhang afirmou que sempre foi otimista e que os agentes ainda se encontram em um estágio muito inicial. “Então, desde o início, construímos a transparência como um recurso do nosso produto. Se você experimentar, verá que expomos aos usuários todos os detalhes de como o agente está pensando e fazendo. Também criamos um mecanismo que permite intervir a qualquer momento para dar instruções ou dizer ao agente, por exemplo, como mudar sua abordagem. E sempre que o agente deparar com alguma ação sensível, como solicitar que você envie um e-mail ou compre algo, ele irá parar e pedir sua permissão para prosseguir. É assim que lidamos com isso”, explicou.
#autismo#código Python#IA agêntica#startup chinesa

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