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Mais de 30% dos CEOs brasileiros querem substituir empregados pela IA

Especialista indica o que as empresas buscam nos profissionais enquanto a inteligência artificial ocupa cada vez mais o mercado de trabalho; saiba como evitar o desemprego

01/02/2024

Mais de 30% dos CEOs brasileiros querem substituir empregados pela IA
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Por redação AIoT Brasil

Preocupado com o seu emprego? Pois a pesquisa CEO Survey, divulgada pela PwC, entrevistou 4.700 executivos de 105 países e chegou a uma conclusão desconcertante: ao menos ¼ dos entrevistados acreditam que vão demitir colaboradores em 2024, devido ao uso de inteligência artificial generativa. No Brasil, esses CEOs chegam a 31%, e a redução esperada do quadro de funcionários é de ao menos 5%.

Recentemente, o Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou que 40% dos empregos ao redor do mundo devem ser impactados pelos efeitos da inteligência artificial. Os efeitos podem ir de desligamentos até a redução na procura de mão de obra, o que se reverte em salários mais baixos.
É um cenário que assusta muitas pessoas. Entretanto, também apresenta oportunidades — as empresas precisam mais do que nunca de profissionais que saibam usar as IAs, afinal.

Arnobio Morelix, CEO e cofundador da Sirius, faculdade focada em ciência de dados e inteligência artificial, concorda com a afirmação. “Estamos vivenciando um ponto de mudança muito importante para toda a humanidade. As IAs estão sendo incorporadas às funções existentes no mercado de trabalho e também estão criando novas, e as pessoas ainda são necessárias, só que lado a lado da tecnologia e não contra ela. Os profissionais terão que se adaptar, e quem começar mais cedo vai se dar melhor”, ressalta.

A pesquisa da PwC corrobora esse posicionamento. Na indústria de tecnologia, mundialmente, 56% dos CEOs projetam contratar mais em 2024, uma taxa quase 20 pontos percentuais mais alta do que a média global. “A área de tecnologia está crescendo e precisa de mais pessoas capacitadas. Ao mesmo tempo, conforme a IA reduz custos e aumenta a receita nas empresas de todos os setores, o crescimento acaba significando novas contratações, eventualmente”, lembra Morelix, que é autor do best-seller “Rebooted”, em que faz uma profunda análise do impacto positivo e negativo de escala global de novas tecnologias.

Áreas mais requisitadas dentro da tecnologia, como Ciência de Dados e diferentes tipos de Engenharia, devem ver boa parte dessa procura. Mas Arnobio relembra que inúmeros negócios vão se envolver mais com IA no âmbito da automação de tarefas, o que significa que os empregos que se baseiam primordialmente em operações repetitivas são os mais passíveis de enfrentarem a tal substituição. Já quem trabalha com estratégia continua requisitado, desde que inclua a inteligência artificial nos planos.

Manter uma boa performance daqui para frente dependerá também do uso da IA no dia a dia. Quem aprende a aplicar essa tecnologia como parceira de trabalho se destaca; a eficiência fica muito mais evidente quando há um “robô” auxiliando na geração de ideias, resolução de problemas e criação de conteúdo, por exemplo.

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#CEO Survey#CEOs#Fundo Monetário Internacional (FMI)#inteligência artificial generativa#PwC

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