Dispositivo auricular com IA monitora os cinco sinais vitais
Plataforma OmniBuds é o resultado de uma parceria entre as empresas de pesquisa Cambridge Future Tech e Nokia Bell Labs
07/11/202413/06/2023
Por redação AIoT Brasil
Por meio de uma combinação de tecnologias de internet das coisas, óculos inteligentes, videoconferência e colaboração interativa, o Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo desenvolveu uma plataforma de telemonitoramento que apoia os cirurgiões em procedimentos de alta complexidade. Uma iniciativa inédita no país, a ferramenta é o resultado de uma parceria do InCor com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e a Cisco Brasil.
Chamado de Telemonitoramento do Ato Cirúrgico (TAC), o projeto nasceu no Núcleo de Inovação do InCor (InovaInCor), com o objetivo de permitir a conexão entre equipes cirúrgicas que estejam em locais diferentes, para a troca de informações, experiência e orientação antes, durante e depois da cirurgia. De acordo com o portal Saúde Business, a plataforma já foi testada em cirurgias cardíacas pediátricas, e a ideia é utilizá-la também em outras especialidades.
Até agora foram realizadas 15 cirurgias colaborativas, que envolveram o InCor e o Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão. Segundo o professor Fabio Jatene, diretor da Divisão de Cirurgia Cardiovascular do InCor, a solução beneficia equipes médicas afastadas geograficamente, que podem colaborar entre si em casos complexos: “Esse projeto foi concebido, estruturado e executado sob a perspectiva da saúde digital e dos marcos regulatórios da telessaúde e da telemedicina aplicada”, explicou.
Nos próximos meses outros hospitais devem aderir ao projeto e receber equipamentos da Cisco, como câmeras inteligentes de alta resolução e sistemas Webex, para a troca de informações em tempo real. Todas as cirurgias ficam gravadas para análise e treinamento de médicos residentes e outros profissionais de saúde.
Guilherme Rabello, líder de inovação do InovaInCor, disse que desde o primeiro procedimento foi possível constatar o impacto positivo do TAC: “Nessa cirurgia, no Maranhão, uma extensão do problema cardíaco do paciente foi sugerida pela equipe que acompanhava o ato de São Paulo. Os cirurgiões puderam investigar e confirmaram a suspeita, realizando a intervenção e evitando a necessidade de uma reoperação”.
A parceria com o InCor faz parte do programa Brasil Digital e Inclusivo da Cisco, lançado para acelerar a digitalização de setores como a saúde pública. “Estamos transformando em realidade a visão e o conceito de cirurgias híbridas colaborativas e acreditamos que isso é só o começo da grande transformação que temos pela frente no setor de saúde”, disse Rodrigo Uchoa, diretor de Digitalização da Cisco Brasil.
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