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27/05/202520/04/2023
Por redação AIoT Brasil
O fotógrafo alemão Boris Eldagsen provocou uma nova polêmica relacionado ao uso de inteligência artificial na manipulação de imagens, ao recusar publicamente o prêmio atribuído a ele pelo Sony World Photography Award 2023, na semana passada.
Depois de ficar em primeiro lugar na categoria criativa da importante premiação, Eldagsen revelou que a IA havia criado a foto intitulada The Electrician, da série Pseudomnesia, o que irritou os organizadores do concurso, que disseram ter se sentido enganados.
No centro das atenções, o fotógrafo publicou com destaque a recusa ao prêmio em seu site oficial e admitiu ter sido “atrevido” em inscrever uma foto feita com a ajuda da IA. Ironicamente, ele agradeceu aos juízes por selecionar sua imagem e criar um “momento histórico” e acrescentou: “As imagens de IA e a fotografia não devem competir entre si em um prêmio como esse. São entidades diferentes. IA não é fotografia. Portanto, não aceitarei o prêmio”.
Como era de se esperar, o episódio reacendeu a discussão em torno dos limites do uso de IA na manipulação de imagens, e talvez tenha sido justamente essa a intenção de Eldagsen. À BBC, um porta-voz da organização do World Photography disse que durante suas conversas com o fotógrafo, antes de ser anunciado como vencedor, ele havia confirmado que a imagem – um retrato em preto e branco de duas mulheres de gerações diferentes – era uma “cocriação”. A questão, para os organizadores, é saber até que ponto o mérito cabe à IA.
Os representantes da competição disseram que a categoria criativa aceita diferentes abordagens experimentais para a criação de imagens, desde técnicas antigas até recursos digitais de ponta. “Em nossa correspondência com Boris e com as garantias que ele forneceu, sentimos que sua inscrição preenchia os critérios e apoiamos sua participação. Além disso, estávamos ansiosos para participar de uma discussão mais aprofundada sobre esse tópico e saudamos o desejo de diálogo de Boris”, explicaram.
Eldagsen disse à BBC que essa também era sua intenção e propôs doar o valor do prêmio a um festival de fotografia realizado em Odessa, na Ucrânia. O que ficou clara é a certeza de que a IA chegou a um ponto que torna quase impossível distinguir a participação do artista e da tecnologia na criação de imagens, o que merece a “discussão aberta” sugerida pelo fotógrafo.
O problema parece se concentrar em dois pontos de vista opostos: a IA subverte o trabalho dos fotógrafos ou é, simplesmente, uma ferramenta a ser usada por eles para conseguir resultados mais surpreendentes e “artísticos”. Tudo indica que, qualquer que seja a opinião de cada um, a inteligência artificial representou um ponto de virada, sem nenhuma possibilidade de retorno.
#fotografia#inteligência artificial#manipulação de imagens
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