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IA generativa permite um “bate-papo” com animais extintos

Projeto foi lançado pelo Museu de Zoologia da Universidade de Cambridge e proporciona interação com 13 espécies

15/10/2024

IA generativa permite um “bate-papo” com animais extintos
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* Foto: Reprodução/ Museu de Zoologia da Universidade de Cambridge

Por redação AIoT Brasil

Que tal conversar com um urso panda vermelho ou com um pássaro dodô, uma espécie que foi totalmente exterminada no século 17? Essa situação, aparentemente impossível, tornou-se realidade no Museu de Zoologia da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, graças, evidentemente, aos recursos de inteligência artificial generativa.

A iniciativa foi lançada na última semana, por meio de uma colaboração com a Nature Perspectives, uma empresa criada por graduados em um mestrado da Universidade de Cambridge, que usa IA para ajudar instituições como o museu a envolver o público por meio de experiências de conversação bilateral. O biólogo Gal Zanir, cofundador da Nature, disse que os visitantes serão incentivados a fazer perguntas e receberão respostas elaboradas por IA generativa a partir da simulação do ponto de vista do animal, com base no conhecimento científico e nas características únicas da espécie.

Inicialmente, o projeto inclui 13 espécies, entre as quais o ichthyostega, um dos primeiros vertebrados terrestres, também extinto, além de uma baleia-azul e um narval, um tipo de baleia conhecido como unicórnio-do-mar, que vive no Ártico. Na exposição, os visitantes podem escanear um QR code com seus celulares e iniciar a conversa com cada animal.

Em uma entrevista à BBC, Jack Ashby, diretor assistente do museu de Cambridge, disse que o objetivo é envolver as pessoas no mundo natural de uma forma diferente e obter insights a respeito do que o público espera das exposições. “Estamos curiosos para ver se isso vai funcionar e se ‘conversar’ com os animais vai mudar a atitude das pessoas em relação a eles”, explicou.

Uma das espécies escolhidas para o “bate-papo” certamente causará polêmica: uma barata. Com bom humor, Jack Ashby perguntou: “Será que a barata será menos odiada e mais querida depois de ter a sua voz ouvida?”. Segundo o diretor, trata-se de uma boa oportunidade para que as pessoas testem uma tecnologia emergente em um ambiente de museu, com possibilidade de interação em mais de 20 idiomas.

De acordo com Gal Zanir, o projeto fortalece a conexão das pessoas com o mundo natural e, assim, pode reverter a apatia em relação à perda de biodiversidade. “Até onde sabemos, nenhum outro museu oferece esse tipo de interação imersiva em primeira pessoa com espécimes de história natural, permitindo diálogos diretos com os próprios animais”, acrescentou o biólogo.

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#animais extintos#biodiversidade#conversação bilateral#IA generativa#mundo natural

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