Por redação AIoT Brasil

Por meio de análise de dados e de ferramentas próprias, a plataforma de marketing digital Haus, do Grupo Stefanini, produziu um guia que indica as principais tendências para 2023 em diferentes áreas, com destaque para as inovações tecnológicas e a experiência do cliente. O objetivo, segundo a Haus, é oferecer uma visão objetiva dos movimentos de mercado, para ajudar as organizações a dar prioridade ao que mais importa.

Entre outros recursos, foram aplicadas metodologias como a Curadoria de Tendências, que traz insights acionáveis, e o Trend Index, um ranking que considera o cálculo de propensão de determinadas tendências serem mais ou menos relevantes nos próximos meses, cruzando dados qualitativos e quantitativos de diferentes fontes, entre as quais o Social Listening e o Google Trends. A Haus concentra as empresas W3haus, Brooke, CAPS, Huia, Gauge, Inspiring e Ecglobal e atua, basicamente, na área de relacionamento com os consumidores.

Na primeira etapa do projeto do guia, a plataforma captou a visão de alguns líderes globais e condensou insights para reflexões e direcionamentos. Amanda Gasperini, diretora de marketing analytics da Gauge, disse que a análise de dados para a tomada de decisão ainda é um desafio que requer a simplificação do grande volume de informações disponíveis: “Entender as tendências, prever comportamentos e se planejar para isso, nem que seja a passos curtos, é o que faz a diferença nos negócios”.

Uma das tendências apontadas no guia é o avanço do uso de recursos de inteligência artificial, no momento que redes neurais e algoritmos automatizam tarefas repetitivas e proporcionam mais eficiência e produtividade a um custo cada vez mais acessível. De acordo com a Haus, a IA também é capaz de fidelizar a base de clientes, ao personalizar e tornar conveniente as ofertas de produtos e serviços.

Também deverão evoluir neste ano as tecnologias de realidade aumentada, realidade virtual e realidade mista utilizadas, por exemplo, em games, digitalização de museus e programas de treinamento virtual. Na mesma linha, na área financeira, estão os recursos de blockchain, NFTs e monetização virtual, que ajudarão a produzir novos modelos de negócios. “As soluções serão utilizadas como forma de multiplicar os fluxos de receita e de se aproximar do consumidor no mundo virtual”, segundo a Haus.

Quase como um complemento dessas tendências, o guia destaca o metaverso e suas múltiplas aplicações, em que o mundo físico se combina com o universo virtual para mudar comportamentos e criar espaços igualitários que permitem formas de autoexpressão, como identidades alternativas. Essas tecnologias, na visão da Haus, tornam possíveis outros tipos de interação entre a marca e o consumidor.

A plataforma indica ainda o predomínio do conceito de social search, representado pela rejeição da publicidade intrusiva e pelo excesso de ofertas e opções de marcas e produtos, em detrimento do fator humano: “Os jovens, por exemplo, já recorrem prioritariamente às redes sociais como primeira fonte de pesquisa para realizar uma compra”, diz o guia.

“As tendências mostram que há dois tipos de empresas na nova economia: as que cuidam de pendências e as que antecipam tendências. O primeiro grupo se adapta minimamente ao mercado. O segundo está à frente, puxando o mercado. Não se trata de prever o futuro, mas de criar futuros relevantes”, conclui a Haus.