MEC abre consulta pública sobre o uso de IA na educação
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16/10/202508/04/2025
Por redação AIoT Brasil
Embora pouco conhecida fora do seu país, a startup sueca de tecnologia Nuanxed já traduziu mais 900 livros e tem entre seus clientes gigantes do setor, como o grupo norte-americano HarperCollins, um dos maiores do mundo. E o que diferencia a Nuanxed é um detalhe que vem provocando pesadelos nos profissionais da área: o uso de inteligência artificial em suas traduções.
Há algum tempo já se aplica a tecnologia na tradução de livros e manuais técnicos, mas a questão ainda é tabu no meio literário, considerando que é preciso muita habilidade para compreender a intenção do autor, o tom do texto, as metáforas e as nuances culturais envolvidas na obra. Porém, a tradução automatizada com IA vem se tornando cada vez mais comum e, em novembro, o portal The Bookseller havia informado que a editora holandesa Veen Bosch & Keuning, controlada pelo gigante editorial Simon & Schuster, estava testando o uso de IA na tradução para o inglês de vários de seus livros.
Agora a polêmica foi analisada pelo portal The Markup, especializado em reportagens investigativas, análise de dados e engenharia de software. The Markup diz que os tradutores de livros se perguntam se este seria o começo do fim de sua profissão e se as máquinas são capazes de fazer “a delicada dança de traduzir literatura”.
No lado oposto, quem apoia as ferramentas de tradução automatizada argumenta que a IA democratizará o consumo de literatura e não deverá acabar com o trabalho dos tradutores, que seriam contratados para editar o texto bruto produzido pela tecnologia. O tradutor Peter Breum, por exemplo, que traduziu para a Nuanxed, disse ao Markup que a introdução das ferramentas marca uma “nova era empolgante da qual não há como voltar atrás” e acrescentou: “Devemos lidar com esse fato de forma construtiva e positiva”.
The Markup observou que editar uma versão feita por IA pode ser tão difícil quanto traduzir um texto do zero: “As editoras estão integrando máquinas para fazer mal o que tradutores humanos podem fazer bem, em uma tentativa de desvalorizar o trabalho do último grupo”, disse. Lembrou ainda que o que acontece com a tradução literária automatizada é uma prévia de como a IA poderá transformar outras áreas que vivem da criatividade.
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