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29/10/202418/07/2023
Por redação AIoT Brasil
Um processo de grande alcance foi apresentado nos Estados Unidos na terça-feira, dia 11, contra o Google, sua controladora Alphabet e sua subsidiária de inteligência artificial DeepMind, com a alegação de que a big tech se apropriou de dados de milhões de usuários sem consentimento e violou leis de direitos autorais para treinar e desenvolver seus produtos. O responsável pela ação, requerida em um tribunal federal da Califórnia, é o escritório jurídico Clarkson Law Firm, que em junho já havia entrado com uma reclamação semelhante contra a OpenAI, criadora do ChatGPT.
Os advogados afirmaram que o Google “tem roubado secretamente tudo o que já foi criado e compartilhado na internet por centenas de milhões de norte-americanos” e usado esses dados para treinar seus produtos de IA, entre os quais o chatbot Bard. Disseram também que o Google se apropriou de todas as informações pessoais, incluindo “trabalhos criativos”, para alimentar ferramentas baseadas em IA.
A acusação foi imediatamente refutada pelo Google por meio de um comunicado oficial assinado pela sua conselheira-geral, Halimah DeLaine Prado, que afirmou: “Há anos temos deixado claro que usamos dados de fontes públicas para treinar os modelos de IA por trás de serviços, como o Google Tradutor, de forma responsável e alinhada com nossos princípios”. Ela disse ainda que a lei norte-americana permite o uso de informações públicas para criar “usos benéficos”.
A ação está relacionada a uma recente atualização da política de privacidade do Google, segundo a qual a empresa pode usar informações disponíveis ao público para treinar suas ferramentas de IA. O Google também informou que a atualização incluiu os modelos mais novos de IA, como o Bard.
Porém, em entrevista à CNN, Tim Giordano, um dos advogados da Clarkson, reagiu: “O Google precisa entender que ‘disponível ao público’ nunca significou livre para usar para qualquer finalidade. Nossas informações pessoais e nossos dados são nossa propriedade e são valiosos, e ninguém tem o direito de simplesmente pegá-los e usá-los para qualquer finalidade”.
De acordo com o escritório de advocacia, o processo foi apresentado em nome de oito pessoas, uma das quais menor de 18 anos, e o objetivo é conseguir uma medida cautelar e o congelamento temporário do acesso e do desenvolvimento comercial das ferramentas de IA generativas do Google. Além disso, os queixosos pedem indenizações como compensação financeira para as pessoas cujos dados teriam sido utilizados indevidamente pelo Google.
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