Dispositivo auricular com IA monitora os cinco sinais vitais
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07/11/202428/03/2024
Por Ricardo Marques da Silva
Uma ferramenta de IA criada por um grupo de pesquisadores de universidades, organizações e hospitais britânicos tem potencial para revolucionar os diagnósticos médicos e influenciar diretamente o tratamento precoce de doenças. A novidade está em um estudo publicado na última edição da revista científica The Lancet Digital Health, que destacou a capacidade do sistema de prever eventos de saúde que poderão ocorrer em um pacientes nos próximos anos, entre os quais distúrbios, sintomas, tratamento e procedimentos.
Batizada de Foresight, a IA é alimentada com o prontuário médico da pessoa e utiliza uma abordagem de aprendizado profundo para reconhecer padrões complexos em dados estruturados e não estruturados de registros eletrônicos de saúde, a fim de produzir insights e previsões. A pesquisa foi liderada pelo Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociência do King’s College de Londres, com a participação de cientistas do University College de Londres, do NHS Foundation Trust e do Guy’s and St. Thomas.
A ideia é criar um gêmeo digital do paciente, para que os cientistas consigam replicar e testar sistemas e implantá-los no mundo físico. Ferramentas de IA como o Foresight estão agora tornando isso possível. Cada vez que um paciente visita um médico, as informações são adicionadas ao seu registro eletrônico de saúde. Alguns desses dados são estruturados (idade, sexo, etnia), mas a maior parte não é estruturada, como resultados de exames ou anotações que o médico faz.
De acordo com um comunicado publicado pelo King’s College, o Foresight pertence à mesma família de modelos de IA do ChatGPT, mas, diferentemente do bot da OpenAI, que é treinado com base em informações disponíveis publicamente, a nova ferramenta recorreu aos registros pessoais do NHS, uma unidade do Serviço Nacional de Saúde da Inglaterra. O estudo usou dados de mais de 811 mil pacientes para treinar três modelos diferentes da IA.
Nos testes, ao prever a próxima doença, sintoma ou recaída de um paciente, o nível de precisão alcançado pela Foresight atingiu 80%, 81% e 91%, respectivamente. Os pesquisadores explicaram que a proposta não é levar os pacientes a se autodiagnosticarem ou prever seu futuro, e sim permitir o monitoramento contínuo de sua saúde para a avaliação de riscos em tempo real. “Uma das principais vantagens do Foresight é que ele pode ser facilmente dimensionado para mais pacientes, hospitais ou distúrbios, com modificações mínimas ou nenhuma modificação, e quanto mais dados receber, melhor será”, disseram.
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