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Funcionários da Microsoft estão proibidos de usar o DeepSeek

Empresa alega que o chatbot não garante a segurança dos dados e suas respostas podem ser influenciadas pela “propaganda chinesa”

12/05/2025

Funcionários da Microsoft estão proibidos de usar o DeepSeek
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Por Ricardo Marques da Silva

“Na Microsoft, não permitimos que os nossos funcionários usem o DeepSeek”, afirmou Brad Smith, vice-presidente da big tech, durante uma audiência no Senado dos Estados Unidos na quinta-feira, dia 8, admitindo pela primeira vez, publicamente, a ocorrência desse tipo de proibição. A ordem, segundo o executivo, se justifica pela suposta falta de transparência do chatbot de IA de origem chinesa em relação à segurança dos dados.

Smith também disse que a Microsoft não disponibiliza o DeepSeek em sua loja de aplicativos devido a essas preocupações e explicou que as restrições decorrem do risco de os dados serem armazenados na China e porque as respostas da IA “podem ser influenciadas pela propaganda chinesa”.

De fato, a política de privacidade da DeepSeek prevê que os dados dos usuários sejam armazenados em servidores chineses e estão sujeitos à legislação do país, que exige cooperação com suas agências de inteligência, e além disso a IA controla informações classificadas como sensíveis pelo governo. Porém, de acordo com um artigo publicado no site TechCrunch, como o DeepSeek é de código aberto, qualquer pessoa pode baixar o modelo, armazená-lo em seus próprios servidores e oferecê-lo aos seus clientes sem enviar os dados de volta para a China.

O artigo lembrou que, apesar das críticas de Smith, a Microsoft havia oferecido o modelo R1 do DeepSeek em seu serviço de nuvem Azure logo depois que o bot chinês se tornou viral, no início deste ano. Na ocasião, a Microsoft declarou que o DeepSeek tinha passado por “rigorosas avaliações de segurança” antes de ser adicionado ao Azure. Na audiência no Senado, Smith disse ainda que a Microsoft conseguiu entrar no DeepSeek e alterá-lo para remover “efeitos colaterais prejudiciais”.

O portal AInvest, por sua vez, observou: “A iniciativa da Microsoft, baseada em questões geopolíticas e de segurança de dados, ressalta uma mudança mais ampla em sua estratégia corporativa, priorizando o controle sobre a inovação. Para os investidores, essa medida levanta questões cruciais sobre os riscos e oportunidades nos mercados impulsionados pela IA e o cenário em evolução da regulamentação tecnológica”.

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#bot chinês#chatbot#código aberto#DeepSeek#propaganda chinesa#segurança dos dados

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