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01/10/202401/07/2024
Por Rafael Martini Perez
Durante a Febraban Tech 2024, Amy Webb, CEO do Future Today Institute, revelou algumas evidências do novo estudo da empresa, que será publicado em duas semanas, sobre o impacto da inteligência artificial (IA), biotecnologia e sensores no setor da economia e consequentemente na sociedade como um todo.
Segundo a futurista, as três tecnologias apresentam características de propósito genérico e juntas são capazes de transformar radicalmente a existência humana para sempre. “Ano passado, observamos apenas um superciclo tecnológico, isso nunca aconteceu na história. Descobrimos nas pesquisas que as tecnologias iniciaram o evento, conectando bancos, auxiliando na ciência, entre outras aplicações relacionadas a nossa vida cotidiana”, disse Webb. Além disso, destacou que 90% dos softwares que vamos utilizar nos próximos 5 anos ainda não foram criados.
Em um cenário onde mudanças significativas estão sempre em andamento, os efeitos serão sentidos de maneira diferente em cada região do planeta. “Quando uma tecnologia geral acontece, há um impacto profundo na economia, um período de demanda explosiva, elevando os preços e ativos de forma acentuada”, explica a especialista. “Estamos todos passando por algo inédito em conjunto, isso nos torna parte da geração T, de transição. Precisamos começar a pensar na mudança, velocidade e crescimento de forma diferente”, complementa.
O instituto comandado por Amy Webb está sempre buscando informações, patentes, pesquisas acadêmicas e impactos na produtividade. Em 2019, houve uma grande revolução nas concessões públicas, novas patentes começaram a explodir nos países com os maiores PIBs do mundo e, na maioria dos casos, o crescimento foi proveniente dos três setores tecnológicos que criaram o superciclo.
O papel dos líderes na condução dessa transformação
Apesar de enxergar um grande potencial no Brasil, que desde 1941 detêm a alcunha de país do futuro, a CEO do Future Today Institute demonstrou preocupação sobre o preparo e agilidade das lideranças no enfrentamento dos novos desafios impostos. “Quando se trata de IA e Brasil é difícil fazer com que os líderes priorizem a inovação em detrimento da interação. Muitas indústrias não estão se preparando de maneira adequada para a transformação da IA e não está se movendo de forma condizente com a nova realidade. Por outro lado, as empresas corporativas, com medo de perder o time, estão tomando decisões de forma rápida demais e sem o devido preparo”, pondera.
O primeiro passo a ser tomado é promover a cultura da criatividade nas companhias, visto que as tarefas repetitivas deixarão cada vez mais de ser executadas por humanos, para que as pessoas desafiem crenças já ultrapassadas. Os altos executivos precisam convidar os colaboradores para uma mudança cultural, que será a base de construção de um novo modus operandi.
As informações coletadas precisam ser utilizadas para modelar e codificar mudanças a longo prazo, são elementos que irão influenciar o futuro. Os líderes precisam discernir o que é plausível para a empresa e em qual terreno é possível obter maior vantagem competitiva.
O que é a geração T?
Na definição de Amy Webb, as divisões entre gerações X, Y, Z se tornaram obsoletas, e a humanidade deve se compreender em apenas um grupo: a geração T. A coletividade será indispensável para que a atual transição seja consolidada da melhor maneira possível.
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