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Especialistas advertem: Olimpíada de Paris terá recorde de ciberataques

Estudo afirma que os jogos que começam no dia 26 devem ser os mais atingidos por hackers em toda a história, superando as 450 milhões de tentativas de invasão registradas em 2020

17/07/2024

Especialistas advertem: Olimpíada de Paris terá recorde de ciberataques
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* Imagem: divulgação Palo Alto

Por redação AIoT Brasil

A menos de 10 dias do seu início, em 26 de julho, os Jogos Olímpicos de Paris poderão se tornar o evento mais vulnerável a ciberataques de toda a história do esporte mundial, superando os mais de 450 milhões de tentativas de invasão registradas na Olimpíada de Tóquio, em 2020. O alerta é um dos destaques do relatório “Ameaças cibernéticas para Paris 2024”, elaborado pela Unit 42, a unidade de pesquisa da Palo Alto Networks, especialista em cibersegurança.

O estudo revelou que as principais ameaças vêm de grupos de hackers da Rússia, Irã, Belarus e China, países nos quais foi observado um aumento significativo nos contatos entre potenciais invasores, alguns dos quais contam com o apoio do governo: “Essa colaboração tem borrado a linha entre ativismo político e sabotagem, assim como aumenta a disseminação de desinformação apoiada por entidades públicas. As operações incluem espionagem, operações de informação (Info-Ops), ataques de negação de serviço distribuída (DDoS), ataques de wiper e atividades de hack-and-leak”, disse Marcos Oliveira, country manager da Palo Alto.

Ele lembrou que eventos esportivos de grande porte requerem a sincronização de um número enorme de pessoas e recursos e, se alguma peça falhar, podem ocorrer enormes repercussões. “Por isso, aqueles que fazem parte dessa estrutura devem desenvolver estratégias eficazes e adotar tecnologias que mitiguem ao máximo qualquer vulnerabilidade, e muitas empresas podem aprender com esses processos para manter mais seguras suas atividades diárias”, explicou Oliveira.

No caso de Paris, o risco cresce à medida que os hackers passam a utilizar ferramentas de inteligência artificial e IA generativa em suas tentativas de ataque a empresas e a serviços críticos. Por outro lado, Oliveira observou que a tecnologia será um fator-chave nos jogos em Paris: “A competição ocorrerá em uma nova era com IA democratizada e robusta para lidar com dados-chave instantaneamente, além de uma crescente complexidade e frequência de ciberataques baseados em roubo de dados indiscriminado, que requerem detecção precoce, ações rápidas e infraestruturas robustas para mitigar o impacto desses incidentes”, afirmou.

A Palo Alto também chamou atenção para o legado de outras olimpíadas, como a que se realizou no Rio de Janeiro em 2016, quando o Brasil se posicionou como “um laboratório de preparação cibernética”. Segundo a empresa, o uso pioneiro da metodologia Cyber War Games durante o evento fortaleceu a segurança e introduziu as equipes Red, Blue e Purple Team no contexto das empresas brasileiras.

“Cada equipe desempenha um papel crucial: Red Team simula ataques para identificar vulnerabilidades, Blue Team defende contra esses ataques em tempo real e Purple Team colabora entre as equipes para aprimorar continuamente as defesas cibernéticas da organização. A iniciativa ofereceu lições que agora são essenciais para empresas que procuram antecipar e monitorar possíveis ciberataques durante grandes eventos”, acrescentou a empresa.

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