Por redação AIoT Brasil

A inteligência artificial (IA) vem sendo cada vez mais explorada pelos seres humanos para o desenvolvimento de tarefas simples e complexas. No campo da literatura não é diferente.

A escritora Jennifer Lepp, em uma matéria para o site The Verge, revelou que produz uma obra completa a cada 50 dias, graças ao uso do Sudowrite – um programa de IA. A ferramenta acelerou a produção e, agora, ela pode cumprir seus prazos mais facilmente.

Construído no modelo de aprendizado de máquina GPT-3 da OpenAI, o Sudowrite está disponível para teste. Como muitas ferramentas de IA, é necessária a prática para obter trechos utilizáveis — os usuários têm que aprender a comunicar ideias com a IA, criando uma comunicação entre máquinas e humanos.

A tecnologia GPT-3 (Generative Pre-Training Transformer 3) é uma tecnologia projetada para analisar um conjunto de texto e prever como o próximo texto será escrito para manter o contexto. Para fazer isso, a IA teve que analisar bilhões de palavras.

Apesar da facilidade, o assunto é controverso no meio editorial. Joanna Penn, romancista e professora de uma oficina de autores que defende e ensina o uso de IA, revelou que já recebeu ataques. “Tive mais represálias no último ano da comunidade de ficção do que jamais tive antes”, relatou a profissional.

O argumento mais utilizado por escritores é em relação a substituição da composição subjetiva por um “botão mágico que cria”, além de divulgar uma tecnologia que os spammers podem utilizar para  sobrecarregar livrarias e lojas online com livros de “ produção em massa”. Para Penn, a realidade é que a IA está avançando independentemente de os romancistas quererem, e eles podem optar por usá-la ou não. 

De acordo com o site Futurism, a adoção da tecnologia IA na escrita e como isso pode afetar as vendas de livros futuramente é uma incógnita, mas uma coisa é certa: a IA já está entre nós, independentemente da opinião e de como nos sentimos em relação a isso.