Por redação AIoT Brasil

Recursos de inteligência artificial vêm ganhando espaço no recrutamento de profissionais de tecnologia no Brasil e, de acordo com informações de algumas empresas do setor, podem reduzir significativamente o tempo gasto no processo de contratação. Estimativa da GeekHunter, startup especializada na seleção de desenvolvedores e cientistas de dados, indica que são necessários entre 30 e 45 dias para finalizar o processo de forma tradicional, período que se reduz para uma média de 14 dias quando são utilizadas plataformas automatizadas.

A automatização é feita por um software específico de recrutamento que permite a eliminação de algumas atividades antes realizadas manualmente, como explica Tomás Ferrari, CEO e fundador da GeekHunter: “O software torna três vezes mais rápido o trabalho de atração e seleção. Na nossa base de clientes, as empresas fazem, em média, cinco entrevistas por vaga e levam 14 dias para finalizar a contratação desde a primeira abordagem. Isso significa um ganho em eficiência para o RH, que, além de reduzir custos e tempo, consegue ser mais preciso, evitando a sobrecarga de currículos que não fazem sentido para a vaga”.

Outra vantagem proporcionada pela inteligência artificial é o acesso mais objetivo a perfis com as competências técnicas requeridas para as vagas abertas. Fabio Bucior, cofundador e diretor de engenharia da Pulses, que oferece soluções de engajamento e performance, afirma: “A IA evita entrevistas com profissionais que não têm o conhecimento necessário para o emprego, pois é possível filtrar pelo tempo de experiência do candidato nas tecnologias que buscamos. O apoio dado pela plataforma também nos ajuda na elaboração da descrição da vaga e no acompanhamento do processo de contratação”.

Na Pulses, segundo Bucior, a contratação de um desenvolvedor costumava levar de dois a três meses para ser efetivada. Com o software, esse tempo foi reduzido para duas semanas, da entrevista ao aceite da proposta. Na plataforma da GeekHunter, antes de se tornarem visíveis para a empresa contratante, os profissionais que se cadastram passam por uma análise do currículo e testes de avaliação das competências técnicas. “O objetivo é garantir às companhias o acesso aos perfis com alta probabilidade de contratação e que estejam de fato engajados e abertos a novas oportunidades”, diz Tomás Ferrari.