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Embrapa desenvolve sistemas de IoT para a pecuária

Parceria com a Huawei e o CPQD vai criar sensores que coletarão dados como temperatura e frequência cardíaca dos animais para aumentar a produtividade

13/08/2021

Embrapa desenvolve sistemas de IoT para a pecuária
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Por redação AIoT Brasil

Como a internet das coisas pode ajudar a melhorar a qualidade e a produtividade da pecuária brasileira? Uma das respostas está sendo dada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD) e a multinacional chinesa Huawei, que anunciaram uma parceria destinada a monitorar uma série de indicadores em sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). A partir desses dados serão criadas tecnologias baseadas em modelos de inteligência artificial desenvolvidos pela Embrapa, para apoio à tomada de decisão dos produtores.

Entre outros recursos, a coleta de dados utilizará sensores de IoT, colares inteligentes e balanças de passagem, que produzirão indicadores ambientais, de produtividade e de bem-estar dos animais, como temperatura, peso, frequência cardíaca e frequência respiratória. A pesquisa terá duração de 12 meses, até abril de 2022, com orçamento de R$ 1,2 milhão. As empresas parceiras vão instalar a infraestrutura de conectividade, sensores de IoT e a plataforma computacional, além de apoiar o desenvolvimento das soluções.

Os centros de pesquisa Embrapa Informática Agropecuária e Embrapa Gado de Corte estão diretamente envolvidos no projeto, com a responsabilidade de desenvolver os algoritmos de IA que darão suporte às aplicações e implantar as tecnologias na fazenda experimental localizada em Campo Grande (MS). A informações coletadas também poderão ser utilizadas pelos produtores para facilitar a obtenção da certificação Carne Carbono Neutro (CNC) e do selo Carne de Baixo Carbono (CBC).

Em comunicado da Embrapa, o pesquisador Roberto Giolo, do centro de Campo Grande, explicou que o trabalho de campo envolve três eixos: as variáveis fisiológicas do animal, o microclima e o ganho de peso. Carrilo Carromeu, analista de TI da Embrapa, acrescentou: “Os parâmetros de bem-estar animal e conforto térmico permitirão que o produtor rural perceba o nível de estresse do animal e a interferência disso em sua produtividade. Esse conjunto de dados de sensores, aliado à rede de IoT e IA, vai ajudar a antecipar o ganho de produtividade dos animais e aferir se o sistema de produção está alinhado às boas práticas”.

Na primeira etapa da pesquisa de campo, a equipe técnica da Embrapa vai monitorar 32 bovinos de corte em três sistemas de ILPF. “A ideia é coletar o maior número de variáveis e indicadores de conforto para fornecer alertas aos pecuaristas e ajudá-los a tomar as melhores decisões, sob o ponto de vista econômico e ambiental”, explicou Eduardo Speranza, analista da Embrapa.

Bruno Zitnick, diretor de relações públicas e governamentais da Huawei, vai mais longe: “As aplicações de IA e IoT podem criar uma grande revolução no setor da pecuária, por meio da automação e da transformação de dados em informação, em tempo real, em diversos setores da cadeia produtiva”, afirmou.

A conectividade dos sensores será feita pela rede móvel 4G NB-IoT e outros equipamentos da Huawei, e a solução de nuvem suportará o desenvolvimento de algoritmos com IA embarcada. O CPQD, por sua vez, fornecerá os componentes para a arquitetura de serviço, entre os quais se incluem duas plataformas abertas que permitirão o armazenamento, a visualização e as análises dos dados em nuvem computacional.

Dados dos sensores de IoT servirão de base para a criação dos algoritmos/Divulgação Embrapa

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