* Foto: divulgação Adapte

Por redação AIoT Brasil

Estão abertas até sexta-feira, 30 de agosto, as inscrições para a terceira edição do Programa de Cooperação para Treinamento e Emprego de Autistas (CooTEA), que envolve qualificação e inserção no mercado de trabalho nas áreas de tecnologia, dados e inteligência artificial. O curso é gratuito, numa iniciativa da startup social Adapte Educação, que tem sede em São Paulo e se dedica à inclusão e à formação profissional de pessoas autistas e neurodivergentes.

Para participar do processo seletivo, os interessados devem ter conhecimento básico em informática e matemática. Na página de inscrição, será necessário apresentar dados como nome completo, e-mail, celular, endereço, data de nascimento e CPF, além da confirmação da posse de laudo médico de pessoa do espectro autista (TEA) e de acesso a um computador com internet. Assim como o curso, a inscrição também é gratuita.

O programa se iniciará em 10 de setembro, com duração de quatro meses, durante os quais os alunos terão dez horas por semana de estudo autoguiado, uma hora de encontro ao vivo online semanalmente, três palestras sobre habilidades comportamentais, um workshop de LinkedIn, um desafio prático e duas semanas de reforço para consolidar o aprendizado. Além disso, os participantes serão acompanhados por meio do aplicativo Discord em um fórum dedicado.

As aulas abordarão temas como IA, IA generativa, Excel, software de planilhas de organização e análise de dados, Power BI, PowerPoint, storytelling com dados e RPA, que automatiza tarefas repetitivas por meio de robôs de software. Também será possível aprender a respeito de desenvolvimento de Low/No Code, como aplicativos ou automação de processos.

Emanuel Santana, fundador da Adapte, disse que pessoas autistas possuem habilidades únicas que as tornam altamente qualificadas para trabalhar com dados e IA, entre as quais atenção a detalhes, pensamento lógico e capacidade de se concentrar intensamente em tarefas específicas: “Quando essas competências são estrategicamente desenvolvidas e aplicadas, os alunos podem se tornar profissionais altamente capacitados, oferecendo percepções diferentes e inovações significativas ao setor de tecnologia”.