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Como preparar as empresas para adotarem a IA

Não basta solicitar as informações à tecnologia, é preciso estruturar os processos. Afinal, de nada adianta pedir um dado se a inteligência artificial não souber como coletá-lo

29/09/2023

Como preparar as empresas para adotarem a IA
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Por Nelson Simões*

A demanda por aplicações com Inteligência Artificial (IA) é uma tendência nas empresas. Para se ter uma ideia, uma pesquisa da Universidade de Stanford em parceria com o MIT apontou que o uso da inteligência artificial generativa pode aumentar a produtividade das empresas em até 14%.

Neste sentido, a observância desse movimento do mercado tem incentivado grandes fabricantes de software a investirem em soluções com IA, a fim de acelerar a evolução dos negócios e garantir agilidade em tarefas operacionais.

Já pensou, por exemplo, em criar uma apresentação informando apenas os tipos de dados que gostaria que estivessem nela? Ou ainda analisar as informações de uma planilha com alguns comandos? E escrever um texto informando apenas a temática? Com ferramentas automatizadas de IA isso é possível, uma vez que esses assistentes de produtividade utilizam a inteligência artificial para permitir que o usuário destine tempo e esforço ao que realmente faz diferença no negócio.

Várias são as soluções que vêm sendo desenvolvidas e com previsão de lançamento para o início de 2024. Dentre os objetivos, além do aumento da produtividade no dia a dia, está o apoio às ações de segurança, para identificar possíveis falhas e erros nas operações das empresas, bem como o suporte aos desenvolvedores, por permitir acesso a um código básico de programação.

No entanto, para que tamanha automatização seja possível, não basta apenas solicitar as informações à tecnologia, mas sim estruturar os processos. Afinal, de nada adianta pedir um dado se a inteligência artificial não souber como e onde coletá-lo.

Desta forma, empresas interessadas em adotar IA em seus processos precisam, antes de mais nada, realizar alguns questionamentos, como: meus dados estão organizados e estruturados? As informações estão seguras, ao passo que somente as pessoas autorizadas a ter aquela informação poderão extrair esses dados? Os ambientes da empresa suportam essa nova tecnologia?

Caso a resposta a essas perguntas seja não, agora é o momento de virar o jogo e se antecipar à chegada efetiva desses recursos ao mercado. Assim, a partir do momento em que eles se tornarem realidade, será possível realizar uma adesão consciente e à vanguarda de uma evolução digital disruptiva.

Investimento em segurança
Um relatório da Kaspersky aponta que mais de 40% das empresas enfrentaram pelo menos um ataque de ransomware (aqueles que criptografam os dados e arquivos dos alvos para inibir o acesso) em 2022, sendo que, em média, as PMEs gastaram mais de R$ 20 mil e as grandes corporações pagaram em torno de R$ 306 mil no resgate das informações.

Esse dado ilustra a prioridade com que os gestores precisam lidar com a segurança de seus processos e como ela é essencial no processo de preparação da infraestrutura da empresa para recebimento de novas tecnologias.

No entanto, mais do que proteger dispositivos, é fundamental acompanhar o comportamento dos usuários, de modo a analisar acessos em locais muito distantes em um curto espaço de tempo, por exemplo, e identificar uma tentativa de ataque de vazamento de informação.

A estruturação de dados, por sua vez, envolve a organização de todo o repositório de informações da empresa, bem como quem e como será possível acessá-lo. Quanto ao tempo necessário para essa estruturação, depende da maturidade das companhias em sua gestão de dados, bem como o tipo de atualização desejada.

Seja como for, é importante ter em mente que a integração entre os setores é igualmente importante, já que embora muitas vezes uma área tenha mais propensão de uso da IA que outra, todas se conectam de alguma forma e os acessos a esses dados precisam ser minuciosamente estruturados para que a estratégia de negócio não seja comprometida.

Desta forma, empresas especializadas em evolução digital são grandes aliadas no processo de estruturação de dados. Por meio de um assessment, é possível identificar as deficiências, os riscos, o que precisa ser melhorado e como fazer, para executar as ações necessárias de maneira otimizada e assertiva.

Em linhas gerais, o investimento em tecnologias disruptivas com inteligência artificial será assertivo se todos os recursos puderem ser explorados e, para isso, é momento de estruturar os dados, para assegurar que as ferramentas trabalhem no futuro de maneira precisa e isso resulte em automatização de atividades e redução de custos.

*Nelson Simões é Microsoft Sales Lead da SoftwareOne, provedora global de soluções de softwares e tecnologia de nuvem.

TAGS

#inteligência artificial generativa#inteligencia artificial IA#PMEs#ransomware#SoftwareOne

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