Memorando de Joe Biden relaciona a IA à segurança nacional
Documento emitido no dia 24 afirma que quando mal utilizada a tecnologia pode “minar instituições e processos democráticos”
29/10/202423/04/2021
Por redação AIoT Brasil
A pandemia impôs desafios inéditos aos governos, às empresas e às pessoas em todo o mundo e criou a necessidade de adaptação a novas formas de trabalho, relacionamento e comunicação. Ao mesmo, tempo, provocou mudanças profundas no sistema econômico global e acelerou a transformação digital e o desenvolvimento de novas ferramentas. É com base nesse cenário que o instituto de pesquisa e consultoria Gartner fez um estudo para identificar as principais tendências tecnológicas estratégicas para governos em 2021 e indicar os recursos que têm maior potencial para melhorar a oferta de serviços públicos.
Rick Howard, vice-presidente de pesquisas da Gartner, disse que o setor governamental investiu mais em inovação digital durante a pandemia, o que proporcionou aos líderes da área de governo novas oportunidades de usar dados e tecnologia para aumentar a agilidade e a confiança na administração dos serviços públicos. “Embora os desafios relacionados à crise sanitária já estejam em curso há algum tempo, é importante notar o surgimento de tendências tecnológicas que abordam outros pontos críticos, em áreas como segurança, contenção de custos e experiência do cidadão.”
Segundo a consultoria, as tendências apontadas no estudo podem ser usadas pelas áreas de informação dos governos para orientar as ações no período de recuperação pós-pandemia e estabelecer a lógica, o momento e a prioridade dos investimentos em tecnologia. A seguir, os destaques da pesquisa.
. Modernização legada acelerada – A primeira tendência registrada pela Gartner se refere às limitações de infraestruturas e sistemas centrais herdados pelos governos, que, para se prepararem para a próxima interrupção, estão buscando arquiteturas modulares e mais modernas. O estudo prevê que, até 2025, mais de 50% das agências governamentais terão modernizado suas aplicações e estruturas de TI.
. Segurança adaptativa – Essa abordagem trata o risco, a confiança e a segurança como um processo contínuo que antecipa e atenua as ameaças cibernéticas, com componentes para previsão, prevenção, detecção e resposta. A segurança adaptativa assume que não há limite entre seguro e inseguro, uma mudança conceitual necessária para a migração para serviços em nuvem. A previsão é de que 75% dos CIOs do governo serão diretamente responsáveis pela segurança fora de TI até 2025.
. Serviços públicos hiperconectados – Envolvem o uso de várias tecnologias, ferramentas ou plataformas por todo o governo para automatizar o máximo possível de processos de negócios e TI. A Gartner prevê que, até 2024, 75% dos governos terão em andamento pelo menos três iniciativas de hiperautomação.
. Identidade digital do cidadão – É a capacidade de provar a identidade de um indivíduo por meio de um canal digital oferecido pelo governo, o que é fundamental para a inclusão e o acesso aos serviços públicos. Está no topo das agendas políticas, e a Gartner prevê que um padrão de identidade global, portátil e descentralizado surgirá no mercado em 2024.
. Tudo como serviço (XaaS) – Essa é uma estratégia de sourcing em nuvem que abrange a aquisição de uma gama completa de serviços de negócios e TI por assinatura. O XaaS oferece uma alternativa para a modernização da infraestrutura herdada e reduz o tempo de entrega de serviços digitais. A Gartner prevê que 95% dos novos investimentos em TI dos governos serão feitos como uma solução de serviço até 2025.
. Empresa governamental composta – É qualquer organização governamental que adota princípios de design combinável. Isso permite que ampliem a reutilização de recursos e se adaptem continuamente às mudanças regulatórias, legislativas e públicas. Os CIOs estão adotando um governo composto para superar as abordagens existentes e isoladas para gerenciar serviços, sistemas e dados.
. Compartilhamento de dados como um programa – A Gartner prevê que, até 2023, 50% das organizações governamentais estabelecerão estruturas formais de responsabilidade para o compartilhamento de dados, incluindo padrões para estrutura, qualidade e oportunidade dos dados.
. Engajamento multicanal do cidadão – É o envolvimento bidirecional e contínuo com os cidadãos para além das fronteiras organizacionais, ao mesmo tempo em que surge uma oferta de experiência personalizada, usando os canais preferidos e mais eficazes. A Gartner prevê que até 2024 mais de 30% dos governos usarão métricas de engajamento para rastrear a quantidade e a qualidade da participação dos cidadãos nas decisões políticas e orçamentárias.
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