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Começa a ser criado o primeiro jardim alimentado por IA

Projeto desenvolvido no Reino Unido em parceria com a Microsoft permitirá que os visitantes “conversem” com as plantas

30/10/2024

Começa a ser criado o primeiro jardim alimentado por IA
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*Imagem: Reprodução/Chelsea Flower Show

Por redação AIoT Brasil

Há quem goste tanto de jardinagem que chega a afirmar que “fala” com suas plantas, e em breve a inteligência artificial poderá fazer esse sonho se aproximar da realidade. Essa é a intenção do britânico Tom Massey, um designer e paisagista que firmou uma parceria com a Microsoft para criar o jardim “inteligente” Avanade, que deverá ser inaugurado na edição de 2025 do RHS Chelsea Flower Show, que ocorre há mais de um século na zona oeste de Londres, na Inglaterra, promovido pela Royal Horticultural Society.

De acordo com Massey, no jardim interativo alimentado por IA será possível perguntar a uma flor como ela se sente. “E a planta poderia responder: preciso de um pouco mais de água, ou talvez eu precise de uma poda”, explicou o autor da ideia.

Além de tornar a jardinagem mais fácil e lúdica, Massey disse que sua criação poderá ter aplicações mais amplas, já que os sensores sem fio instalados no solo medem a umidade e os níveis de nutrientes, acidez e alcalinidade. Conectado a um computador em um pavilhão anexo, o sistema permitirá o monitoramento das condições do jardim e de cada uma de suas plantas.

Em entrevista ao jornal The Guardian, Massey disse que a tecnologia de sensores é relativamente simples e poderia ser implantada em grandes propriedades rurais para o controle mais efetivo dos sistemas automáticos de irrigação. “Estamos desperdiçando muita água, e Londres corre o risco de ficar sem abastecimento nos próximos anos. Imagine quanta água você poderia economizar em um grande empreendimento se só gastasse o que fosse realmente necessário. Os sistemas de irrigação são acionados em horários fixos, seja ou não necessário regar”, destacou.

O designer disse ainda que o jardim em si não será futurista e deverá ter plantas resistentes a climas severos, que serão monitoradas por um assistente de IA. “Queremos que o jardim pareça verde, orgânico e terroso. O que estamos fazendo é treinar modelos de IA com o banco de dados da Royal Horticultural Society, que é basicamente classificado como um pequeno modelo de linguagem, o que é muito mais eficaz para esse tipo de aplicação”, acrescentou Tom Massey.

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