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Clube de futebol utiliza algoritmo para lotar seu estádio

Valencia faz parceria com a Microsoft e aumenta em 20% o número de torcedores que assistem a seus jogos

07/10/2022

Clube de futebol utiliza algoritmo para lotar seu estádio
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Por redação AIoT Brasil

Por meio de uma parceria com a Microsoft, o Valencia Club de Fútbol, um dos times mais tradicionais da Espanha, passou a utilizar inteligência de dados para aumentar o número de torcedores que assistem aos jogos em seu estádio. Nos primeiros testes, a ferramenta Microsoft Dynamics 365 proporcionou um crescimento de 20% no número de pessoas que compareceram às partidas do clube da cidade localizada na costa sudeste do país.

O resultado foi comunicado à imprensa pela Microsoft, que destacou a eficácia do algoritmo de previsão projetado para avaliar a probabilidade de participação futura dos torcedores nas partidas, com base no comportamento anterior. A tecnologia permitiu que o clube unificasse todas as fontes de dados disponíveis para identificar os torcedores que vão esporadicamente aos jogos e criar experiências personalizadas e mais significativas para eles. Além disso, o clube desenvolveu um aplicativo com o qual o usuário pode pedir comida e bebida no estádio sem sair do seu lugar, o que ajudou a reduzir as filas e aumentar a receita de vendas.

Franco Segarra, gerente de inovação do Valencia, disse que a ideia foi aplicar recursos de inteligência artificial para colocar o torcedor no centro da equação: “Esse é apenas um exemplo de como estamos otimizando as experiências com tecnologia e informação. Está comprovado que, uma vez que você estuda diferentes tipos de dados, é possível entender melhor as pessoas”, acrescentou.

No Brasil, algo semelhante deve ser implantado pela empresa Meep na Arena MRV, que está sendo construída pelo Atlético Mineiro, em Belo Horizonte, para permitir a compra antecipada de alimentos e bebidas e oferecer outras facilidades ao torcedor. “A biometria facial é um mecanismo genial para a capacitação de dados na análise de projetos e pode ser utilizada em diversas aplicações estratégicas”, disse Samuel Ferreira, CEO da Meep.

Além das questões relacionadas à segurança dos torcedores, Ferreira lembrou que a tecnologia hoje é essencial para que as empresas ampliem a qualidade da experiência do consumidor: “Os gastos de implementação são altos, mas os benefícios proporcionados com a diminuição de filas e a administração de pessoas aumentam a fidelidade do cliente”.

No Valencia, o próximo passo será estudar novas formas de recompensar e reconhecer a fidelidade dos torcedores e buscar diferentes alternativas para responder às suas demandas. “Temos o compromisso de ser inovadores, sempre mantendo nossa essência e nossa tradição, e acho que há um lado positivo na tecnologia. Com tudo o que descobrimos, percebemos que também há nela um lado humano”, disse Franco Segarra.

Essas iniciativas se inspiram no conceito de “fan-centricity”, um modelo de negócios em esportes que envolve a experiência e a participação dos torcedores. Bruno Maia, CEO da Feel The Match, explicou que essa abordagem se iniciou há cerca de oito anos, principalmente na Europa: “A parceria de clubes com empresas de tecnologia também ocorre, por exemplo, na Alemanha, entre o Hoffenheim e a SAP. Aqui, a IBM iniciou um programa do tipo com o Corinthians, anos atrás. É um caminho que deve se ampliar no Brasil com a chegada das sociedades anônimas de futebol (SAFs) e a preocupação em maximizar as receitas nos segmentos de torcedores mais capazes de consumir em volume e em recorrência”.

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