Por redação AIoT Brasil

O BT Group, o maior operador de telecomunicações do Reino Unido, realizou os primeiros testes de uso de drones para entregas médicas, com resultados positivos em rapidez e eficiência energética. A iniciativa está se desenvolvendo em parceria com a Skyfarer e a Medical Logistics UK, especialistas em logística com aeronaves não tripuladas, e já foram completados 130 voos numa distância total de 1.900 km, sem registro de falhas.

Os testes terrestres além da linha de visão (BVLOS) permitiram que os drones percorressem distâncias maiores, com diminuição do tempo de entrega e dos custos de transporte terrestre por estradas frequentemente congestionadas. Os drones voaram em uma rota de 32 km entre os hospitais universitários de Coventry e Warwickshire e, de acordo com a BT, obteve-se uma redução de 99,98% nas emissões de carbono, na comparação com o transporte feito por um veículo a diesel.

Georgia Hanrahan, gerente de negócios da Skyfarer, disse que foram registradas algumas estatísticas impressionantes quando se trata do tempo e das distâncias dos voos BVLOS, que foram concluídos sem incidentes. “A relação entre a Skyfarer e BT Group será a força motriz para essa inovação revolucionária e para a sua adaptação no dia a dia dos hospitais”, acrescentou.

A iniciativa da BT ocorreu no âmbito do projeto Skyway, destinado a construir a mais longa “superestrada” de drones automatizados do mundo. O grupo diz que os recursos de inteligência artificial e internet das coisas incorporados nas aeronaves podem proporcionar avanços importantes na área da saúde, pela facilidade de mobilidade que oferecem. Os testes se iniciaram em outubro de 2022, quando a Skyfarer aplicou uma solução de conectividade da BT que permite comunicações de missão mais eficientes e seguras. Em um único dia, um drone percorreu 220 km.

Em relação ao potencial de longo prazo dos drones, uma pesquisa recente citada pelo grupo indicou a possibilidade de aumento de 4 bilhões de libras no PIB do setor de saúde britânico, com uma economia de cerca de 500 milhões de libras nos custos da área médica. “Fazer com que as entregas médicas por drones aconteçam é um grande passo à frente, mas é importante garantir que esses serviços sejam realizados com segurança. A BT prioriza o tráfego de dados para comando e controle de drones em tempo real, além de verificar previamente a rota de voo, para oferecer a cobertura adequada”, explicaram os representantes do grupo de telecomunicações.

“Os testes mostram que os drones podem fazer mais do que apenas entregar bens de consumo e têm o potencial de ajudar a salvar vidas. O uso de drones na área médica pode, no futuro, aliviar as crescentes pressões sobre o sistema de saúde, atendendo à necessidade de os hospitais receberem e transportarem suprimentos médicos urgentes”, completou Georgia Hanrahan.