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Brasileiros usam inteligência artificial no combate a doenças

Estudo foi feito na Universidade Federal de Viçosa (MG) e as descobertas podem ser aplicadas em áreas como pesquisa de medicamentos e tratamentos de câncer e diabetes

24/11/2021

Brasileiros usam inteligência artificial no combate a doenças
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Por redação AIoT Brasil

“Predição da abundância de proteínas por meio de métodos de aprendizado de máquina”: esse é o nome de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (MG), publicado há poucos dias no periódico científico Journal of Molecular Biology. Com o uso de inteligência artificial, os pesquisadores brasileiros treinaram computadores para identificar a quantidade de proteínas em uma célula e, com isso, abrir novos caminhos em áreas como engenharia metabólica e desenvolvimento de medicamentos.

O trabalho foi assinado por Maurício Ferreira, Rafaela Ventorim, Eduardo Almeida, Wendel Silveira e Sabrina Silveira, que fazem parte dos programas de pós-graduação em microbiologia agrícola e em ciência da computação da universidade. A equipe utilizou informações contidas nas sequências de DNA de um organismo e desenvolveu algoritmos de aprendizado de máquina para criar modelos capazes de predizer a quantidade de proteínas nas células com mais exatidão.

No estudo, os pesquisadores destacaram que as proteínas são as principais moléculas responsáveis por processos fisiológicos na célula, e o conhecimento de sua abundância é crucial para pesquisas em biologia sistêmica do metabolismo. E explicaram: “As abundâncias preditas foram então integradas em modelos metabólicos em escala genômica, e os fenótipos simulados apresentaram boa correspondência com valores experimentais. Isso demonstra que esses modelos preditivos são ferramentas valiosas para a biologia sistêmica do metabolismo e para a engenharia metabólica”.

Entre outras aplicações, as descobertas do grupo de Viçosa podem orientar processos usados na produção de proteínas terapêuticas como insulina, interferon e anticorpos monoclonais, para o tratamento de diabetes, câncer e outras doenças. Em engenharia metabólica, têm o potencial de serem empregadas para criar linhagens de microrganismos com maior capacidade de produção de biocombustíveis e bioprodutos industriais como aminoácidos, ácidos orgânicos, vitaminas, poliálcoois e pigmentos.

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#aprendizado de máquina#engenharia metabólica#inteligência artificial#medicamentos

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