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Brasil precisa avançar urgentemente em IA, alerta relatório

Estudo da Academia Brasileira de Ciências alerta para os riscos de o país ficar para trás na corrida tecnológica

16/11/2023

Brasil precisa avançar urgentemente em IA, alerta relatório
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Por redação AIoT Brasil

“O futuro da sociedade brasileira será moldado pelas escolhas que o governo e a própria sociedade fizerem em relação à inteligência artificial”: essa é uma das conclusões a que chegou o estudo “Recomendações para o avanço da inteligência artificial no Brasil”, divulgado neste mês pela Academia Brasileira de Ciências. O documento é assinado por 16 pesquisadores de diferentes áreas que compõem um grupo de trabalho coordenado por Virgílio Augusto Fernandes Almeida, professor da Universidade Federal de Minas Gerais.

O relatório afirma que organizações multilaterais renomadas, como a ONU, a Unesco, o Fórum Econômico Mundial, o G20 e a OCDE, já definem as tecnologias de IA como “um imperativo global” e uma prioridade crucial em todo o mundo. Por isso, destaca o senso de urgência em relação aos investimentos em IA, a formação de especialistas e a formulação de políticas públicas, entre outras iniciativas.

Segundo os pesquisadores, o Brasil ainda depende muito de tecnologias de outros países e, caso os investimentos não aumentem, a competitividade das empresas diminuirá, com riscos para a segurança e a soberania nacional. “Nesse contexto, o presente relatório traz uma série de recomendações destinadas a impulsionar o Brasil no campo do uso e do avanço científico e tecnológico da IA. Além disso, delineamos princípios fundamentais para garantir que essa tecnologia não apenas transforme a paisagem econômica, mas contribua de forma significativa para o desenvolvimento sustentável de nossa nação, gerando prosperidade para todos”, afirmou o documento.

Entre as recomendações, a Academia Brasileira de Ciências disse que o Brasil precisará dispor de “uma massa crítica qualificada” de profissionais que dominem áreas relacionadas à IA, como aprendizado de máquina e ciência de dados, com agilidade e em grande escala, o que requer tempo. “Também é urgente atuar para desmistificar e informar a sociedade sobre o que é, de fato, a IA. O Brasil pouco ou nada ensina a respeito de conceitos simples de pensamento computacional em suas escolas”, acrescentou.

Entre as questões que requerem uma ação mais efetiva, além da formação de profissionais qualificados, o relatório cita as seguintes prioridades:
. necessidade de atração de pesquisadores e cientistas de IA;
. valorização da pesquisa e desenvolvimento em IA;
. criação de centros multidisciplinares de P&D em IA;
. maior colaboração entre empresas, universidades e governo;
. introdução do ensino de IA na educação, em todos os níveis;
. investimentos significativos e de longo prazo em P&D de IA;
. regulação de IA;
. criação de uma política de proteção de dados.

Virgílio Almeida, o coordenador do estudo, destacou que o Brasil não pode continuar sendo um país que apenas consome a IA fornecida por outros: “Por seu tamanho e importância, o país não pode ficar para trás. Do contrário, aumentará a distância entre o desenvolvimento econômico aqui e o do ‘mundo desenvolvido’. E é preciso começar logo, porque esse desenvolvimento voa e outros lugares estão investindo, acelerando e criando políticas relacionadas ao tema”, completou.

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#aprendizado de máquina#ciência de dados#inteligência artificial

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