Ericsson integra dispositivos de IoT a robôs inteligentes
Nova solução se destina à automação industrial e opera com infraestrutura de computação em borda e nuvem
04/11/202422/11/2024
Por redação AIoT Brasil
De um lado, o que o governo da China chama de “revolução dos robôs” está tornando as fábricas do país mais produtivas e reduzindo seus custos; de outro, grande parte dos funcionários dessas empresas não está habilitada a operar os equipamentos inteligentes de última geração, o que leva os trabalhadores migrantes a procurar emprego no setor de serviços, e não nas indústrias. Esse dilema preocupa os especialistas em mercado de trabalho, que lançam dúvidas a respeito da possibilidade de qualificar um número maior de profissionais em pouco tempo.
O tema foi abordado pelo jornal britânico Financial Times, que destacou a velocidade em que as máquinas inteligentes chegam às fábricas chinesas. No ano passado, foram instalados pelo menos 276 mil robôs no país, o que representa mais da metade do total global, de acordo com a Federação Internacional de Robótica.
Esse avanço se deve, basicamente, à crescente demanda por competitividade em um país que conta com aproximadamente 6 milhões de fabricantes, enquanto os custos de mão de obra aumentam por causa da redução da população em idade ativa. Antes, as empresas chinesas costumavam importar a maioria de seus robôs, principalmente do Japão, da Alemanha e dos Estados Unidos. Agora, utilizam modelos nacionais que geralmente são vendidos por uma fração do preço dos concorrentes estrangeiros. “Isso está ajudando a reduzir o custo de equipamentos de fabricação inteligentes na China, mas especialistas dizem que ainda há trabalho a ser feito para treinar os funcionários que os usarão”, destacou o Financial Times.
Um exemplo citado pelo jornal é a Tusk Robots, uma empresa sediada em Guangzhou que fabrica máquinas autônomas que movem paletes e substituem empilhadeiras operadas por humanos. Para equipar sua fábrica de peças automotivas em Xian, o grupo alemão Bosch comprou 30 robôs da Tusk, o que permitiu a dispensa de 50 operadores de empilhadeiras.
Contudo, a manutenção e a operação desses equipamentos complexos requerem conhecimento técnico em engenharia e compreensão do software que gerencia as máquinas. “A indústria de manufatura da China depende muito de seus quase 300 milhões de trabalhadores migrantes, que deixam as áreas rurais para regiões costeiras urbanizadas em busca de empregos fabris mais bem pagos. No entanto, apesar da melhoria dos níveis de educação, no ano passado apenas 52% dos trabalhadores migrantes tinham ensino médio, e 14% tinham apenas ensino fundamental”, disse a reportagem do FT.
Pesquisadores já afirmaram que esses trabalhadores migrantes são os mais propensos a serem substituídos por robôs. “Onde a automação é maior, há uma redução no fluxo de trabalhadores de áreas migrantes”, explicou Osea Giuntella, professor de economia na Universidade de Pittsburgh e autor principal de um artigo publicado pelo National Bureau of Economic Research sobre a resposta trabalhista à automação na China. “Há uma percepção de que a economia está mudando, e os trabalhadores precisam tomar uma decisão drástica: fazer um treinamento ou se aposentar, porque o investimento em seu próprio capital humano não vale a pena”, acrescentou Giuntella.
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