Setor agrícola inova com recursos de games e simuladores
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11/09/202412/01/2022
Por redação AIoT Brasil
O agronegócio brasileiro já incorporou um alto nível de tecnologia às atividades de campo, o que explica em parte a posição do país como segundo maior produtor mundial de alimentos. Contudo, ainda há muito a avançar nos processos de gestão, por meio da aplicação de recursos de inteligência artificial para aperfeiçoar as áreas contábil, fiscal, tributária e financeira.
Essa foi uma das conclusões do webinar “Agrotech – Encontro de tecnologia e tendências de gestão no agronegócio”, promovido pela fintech Roit Bank e pela Agrotis Agroinformática, fornecedora de soluções de TI para o setor, ambas com sede em Curitiba (PR). Participaram especialistas e empreendedores da cadeia do agronegócio, que analisaram a situação atual da agricultura e da pecuária no país e destacaram a importância da automação dos processos de gestão e a necessidade de investimentos mais consistentes em cibersegurança.
De acordo com Bruno Giordano, chefe de segurança da informação da especialista em soluções na nuvem Ativy Digital, em 2021, em todo o mundo, as empresas investiram aproximadamente US$ 1 trilhão em cibersegurança. “No entanto, o cibercrime deverá lucrar US$ 6 trilhões no ano”, comparou. Ele chamou a atenção para o que definiu como “gestão de vulnerabilidades”, que envolve a identificação das fragilidades, as correções e a prevenção.
Giordano disse que, no agronegócio, os principais riscos estão na ofensiva de ransomwares, os softwares maliciosos que sequestram informações e dados das empresas, liberados mediante pagamento de resgate, e podem resultar em violação e indisponibilidade dos sistemas. “Temos casos como o de um colaborador que foi carregar um celular e o conectou ao computador da empresa agropecuária. Só que ele não sabia que o celular estava infectado e acabou disseminando essa ameaça, afetando inclusive a planta industrial. Ou seja, é um problema que impacta também a produção”, explicou.
Em relação à gestão do negócio, o CEO do Roit Bank, Lucas Ribeiro, mostrou aplicações práticas de inteligência artificial adequadas às demandas específicas do setor e explicou como funcionam as tecnologias desenvolvidas pela sua empresa, como o Portal do Fornecedor e a Esteira Mágica. “Nosso robô fiscal, por exemplo, tem acumulado mais de 2,1 bilhões de cenários tributários analisados, o que seria impossível de ser feito sem IA. Não se trata de trocar pessoas por robôs, e sim trocar processos, muito mais eficientes, escaláveis e capazes de gerar “, disse.
Para Evaldo Hansaul, diretor comercial da Agrotis, as ferramentas tecnológicas aplicadas a processos podem representar uma importante vantagem competitiva para as empresas do agronegócio: “A tecnologia deixou de ser um desejo e tornou-se obrigatória. Mas há um desafio: saber qual opção tecnológica utilizar. E saber como utilizar”.
Com base em dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Hansaul lembrou também a proporção das tecnologias já incorporadas pelo agronegócio brasileiro – internet (70% dos empreendimentos), aplicativos (57%), soluções de gestão (22%), GPS (20%), imagens de satélite (17%) e sensores (16%) – e afirmou que um dos desafios é estabelecer a integração desses recursos.
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