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5G será um componente crítico da realidade estendida

Quinta geração da internet móvel abrirá espaço para aplicações práticas que até agora estavam restritas à ficção científica

11/09/2020

5G será um componente crítico da realidade estendida
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Por redação AIoT Brasil

Quem já jogou Pokémon Go entende bem o que é realidade estendida, ou simplesmente XR, de extended reality. Na tela do celular, o jogador vê o espaço real em torno de si, mas ao mesmo tempo percebe uma figura que não existe concretamente fora do mundo virtual e pode interagir com ela. O game acrescenta uma nova camada de informação dentro do que é o mundo real, em que coexistem vertentes de realidade aumentada, realidade virtual e realidade mista – que, combinadas, representam o conceito geral de realidade estendida.

Muito além do universo dos jogos eletrônicos, a realidade estendida possui um imenso potencial de aplicação prática em áreas como saúde, educação, indústria, serviços públicos, segurança, marketing e entretenimento, entre outras (veja o infográfico abaixo). No US Open 2020, por exemplo, logo depois de vencer a partida, o tenista é “teletransportado” para uma entrevista no estúdio de forma bastante realista, como só se via nos filmes de ficção científica.

Ao utilizar tecnologias disruptivas, a XR pode, simplesmente, romper limites como distância e local, o que é uma tremenda façanha. Porém, a XR ainda não está madura e depende de equipamentos capazes de acompanhar sua evolução, como óculos de realidade aumentada, uma nova arquitetura de utilização dos dispositivos e suportes mais poderosos, entre os quais a rede 5G, a quinta geração de internet móvel que promete velocidade de upload e download de dados de dez a vinte vezes mais rápida do que a disponível atualmente, além de mais cobertura e estabilidade.

O 5G já é realidade em países como Coreia do Sul, China e Suécia, e no Brasil, as primeiras linhas foram ativadas em julho, em caráter experimental, mas ainda faltam definições como o marco regulatório e investimentos em infraestrutura. O leilão da Anatel que ditará as normas de exploração das faixas de frequência destinadas ao 5G está marcado para 2021, o que significa que os brasileiros ainda terão de esperar um bom tempo para conhecer plenamente os benefícios e o alcance da nova rede e o impacto em tecnologias como a realidade estendida.

De acordo com a 5G Americas, uma associação setorial dos principais provedores de serviços e fabricantes da área de telecomunicações, a realidade estendida precisará de uma latência extremamente baixa, uma grande largura de banda e, sobretudo, um grande poder de computação de borda da rede (edge computing). “A rede 5G será um componente crítico para essas aplicações, tanto para a comunicação na arquitetura geral de computação de borda como para 5G Sidelink utilizada na comunicação direta entre as equipes de usuários”, explica um comunicado da associação, que tem entre seus membros empresas como AT&T, Ericsson, Intel, Nokia, Samsung, Cisco, CommScope e Telefónica.

A realidade estendida e sua arquitetura / Divulgação 5G Americas

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