IA e criptomoedas provocam forte impacto ambiental
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01/08/202418/07/2023
Por redação AIoT Brasil
Pesquisadores da empresa de tecnologia chinesa Huawei Cloud desenvolveram um modelo de previsão meteorológica que utiliza inteligência artificial para antecipar a ocorrência de mudanças climáticas com precisão e rapidez bem maiores do que os métodos numéricos tradicionais. Chamada de Pangu-Weather, a ferramenta é baseada em aprendizado profundo e usa dados que concentram um histórico de 43 anos, com alcance global.
Publicado neste mês na prestigiosa revista científica Nature, o estudo afirma que a descoberta representa um passo importante na aplicação de IA, já que até então a tecnologia havia registrado um desempenho inferior aos processos numéricos, mostrando-se incapaz de prever eventos extremos e incomuns, como tufões.
Em seu site oficial, a Huawei atribuiu essa deficiência de precisão a dois motivos: “Primeiro, os modelos de previsão meteorológica de IA existentes são baseados em redes neurais em 2D, que não podem processar bem dados meteorológicos 3D desiguais. Em segundo lugar, a previsão do tempo de médio prazo pode sofrer erros cumulativos quando o modelo é aplicado muitas vezes”.
De acordo com a Huawei, verificações independentes constataram que o tempo de previsão global do Pangu-Weather se reduz a “alguns segundos”, o que significa um ganho de velocidade de 10 mil vezes na comparação com os métodos usuais. A empresa disse ainda que o modelo pode prever com precisão características meteorológicas de granulação fina, incluindo umidade, velocidade do vento, temperatura e pressão ao nível do mar.
O Pangu usa uma arquitetura 3D Earth-Specific Transformer (3DEST) para processar dados meteorológicos complexos e não uniformes. Por meio de uma estratégia de agregação hierárquica e temporal, o modelo foi treinado para diferentes intervalos de previsão, de uma a 24 horas. Isso resultou em uma minimização da quantidade de iterações para prever uma condição meteorológica em um momento específico e uma significativa redução de erros.
A Huawei lembrou que anualmente ocorrem aproximadamente 80 tufões em todo o mundo. “Em 2022, somente na China, a perda econômica direta causada por tufões foi de 5,42 bilhões de yuans (cerca de R$ 3,63 bilhões), segundo dados do Ministério de Gerenciamento de Emergências. Quanto mais cedo os avisos puderem ser enviados, mais fácil e melhor será possível fazer os preparativos adequados”.
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