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05/11/202420/12/2022
Por redação AIoT Brasil
Hoje já não se discute o valor que a internet das coisas é capaz de incorporar às atividades pessoais e às operações de empresas dos mais diferentes segmentos. Um estudo da consultoria Meticulous Research, por exemplo, previu que o mercado global de IoT deve atingir 276,79 bilhões de dólares até 2029. Porém, ainda há muito a avançar, na medida em que se constata que as organizações estão longe de usar todo o potencial dessa tecnologia.
De acordo com Túlio Duarte, diretor da vertical Manufatura 4.0 da Associação Catarinense de Tecnologia, um dos desafios é a falta de conhecimento de todas as possibilidades da IoT: “A própria indústria tem dificuldade em compreender o impacto do IoT em produtividade e lucratividade. Os preços e a disponibilidade são outros pontos a serem superados. A fabricação de equipamentos de IoT no Brasil ainda é pouco competitiva e requer incentivos e melhor logística de matéria-prima”.
Duarte destaca também as várias possibilidades de utilização de IoT em áreas como indústria, agronegócio e saúde: “Há diferentes aplicações que já ajudam no monitoramento de equipamentos em fábricas. No agro, o acompanhamento do maquinário em campo também é uma possibilidade crescente, principalmente quando olhamos para o tamanho da área de plantio no Brasil. E na saúde vemos o exemplo de checagem da temperatura de geladeiras em que são armazenadas bolsas de sangue. Além dessas já existentes, há muitas outras possibilidades, como checagem de rompimento de adutoras e otimização de rotas e semáforos, só para citar como governos e cidades inteligentes podem fazer uso dessa tecnologia”, acrescenta Túlio.
Bernardo de Castro, presidente da divisão de agricultura da Hexagon, ressalta os ganhos que podem ser obtidos pelo agronegócio com o uso de IoT: “Dentre as vantagens proporcionadas ao setor pelas inovações digitais estão o melhor planejamento do plantio, o controle de fertilização e pulverização, o monitoramento de máquinas, o planejamento da colheita, a otimização do transporte e o rastreamento da matéria-prima”.
Outro benefício do uso de IoT agrícola comprovado na prática por clientes da Hexagon é a redução do uso de agrotóxicos. “São sistemas que garantem a precisão da aplicação de pesticidas e evitam desperdícios e falhas na pulverização. Um estudo que realizamos mostrou que tecnologias de desligamento de seções podem reduzir em 20% o uso de agroquímicos, enquanto o controlador de taxa variável pode diminuir em até 25%”, disse Castro.
No varejo, soluções que envolvem IoT são cada vez mais comuns, segundo Marco Beczkowski, diretor de vendas da Manhattan Associates, multinacional que oferece soluções para a cadeia de suprimentos. Ele explicou que a tecnologia já faz parte das operações das principais empresas do setor no Brasil, que adotam itens como etiquetas inteligentes para facilitar o recebimento no centro de distribuição, conferência de expedição, recebimento nas lojas e separação de pedidos omnichannel.
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