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01/11/202405/05/2023
Por Redação AIoT Brasil
A influência da inteligência artificial no setor financeiro foi um dos destaques do último dia do Web Summit Rio, evento de tecnologia que reuniu mais de 20 mil participantes na capital fluminense. A mesa para discutir o tema, intitulada “How will AI impact fintech?”, contou com a participação de Fabiano Cruz, fundador e CEO do sistema de pagamentos Zoop; Trisha Kothari, fundadora e CEO da plataforma de segurança cibernética Unit21; e Pedro Bramont, Chief Digital Officer do Banco do Brasil. A mediação foi de Lucinda Shen, repórter do portal Axios.
Um dos primeiros temas abordados foi o impacto da IA nos empregos. O representante do Banco do Brasil afirmou que a maior parte dos trabalhos no setor não será destruída, mas sim atualizada com novas habilidades. Segundo ele, o banco tem utilizado a IA em três vertentes: cibersegurança, atendimento ao cliente e automatização de operações, buscando melhorar a experiência do consumidor e a eficiência operacional.
Já Trisha e Fabiano abordaram a evolução da IA, destacando a importância de acompanhar toda a jornada do cliente. O fundador do Zoop, inclusive, mencionou a possibilidade de substituir o cartão de crédito por um sistema de IA baseado no comportamento do consumidor, o que poderia levar a uma sociedade sem dinheiro em espécie.
Durante a palestra, foi levantado o questionamento a respeito da possibilidade de aplicação da IA generativa no mercado financeiro. Trisha destacou que há o risco de que essa tecnologia possa ser usada para criar golpes ao gerar conteúdos personalizados, capazes de persuadir uma vítima a cair numa fraude.
Ela apostou, no entanto, no uso das ferramentas generativas dentro do ambiente corporativo, citando que sua empresa já utiliza a IA para criar relatórios, por exemplo. Fabiano Cruz, por sua vez, destacou os empecilhos no uso IA para operações financeiras propriamente ditas devido à forte regulação do setor, que ainda não contempla esse tipo de tecnologia. No entanto, ele considerou que é possível utilizar a IA generativa no atendimento ao cliente.
Em sua fala, Pedro Bramont, do Banco do Brasil, destacou que a IA generativa merece atenção, pois agrada por se assemelhar à expressão humana e pode ajudar a economizar tempo. Contudo, ele afirmou que o funcionamento da inteligência artificial precisa ser transparente e demonstrou preocupação a respeito de problemas de Accountability, já que o algoritmo não pode ser responsabilizado por suas ações. “Um software não pode ser condenado à prisão, mas alguém tem que assumir responsabilidades”, disse.
Na parte final do debate, Fabiano Cruz, do Zoop, seguiu a linha de Bramont ao ressaltar o cuidado que precisa ser tomado para que a IA não reproduza vieses preconceituosos ou crie novas formas de discriminação. Na análise dele, colocar a culpa apenas na máquina, nesse tipo de caso, pode ocultar a responsabilidade de quem a criou. “Não podemos culpar ninguém além da pessoa por trás do algoritmo”, disse.
Trisha Kothari acrescentou que, para contornar esses problemas, é importante que os processos nas empresas continuem a contar com a participação humana, ainda que parte das tarefas seja automatizada pela inteligência artificial.
Os representantes das próprias fintechs reconheceram, ao longo do debate, que a inteligência artificial traz oportunidades como a automação de processos, a personalização de serviços e o aumento da eficiência operacional. No entanto, não deixaram de mencionar os riscos a serem considerados, como o viés do algoritmo, a falta de transparência quanto ao funcionamento dos sistemas e a possibilidade de surgimento de novos golpes.
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