Por redação AIoT Brasil

A tecnologia de quinta geração (5G) de redes de comunicação oferece ao Brasil um grande potencial de transformação econômica, digital e também para o mercado de trabalho. A implantação de frequências 5G vem acompanhada de um ambiente de inovação que exige mão de obra qualificada, investimentos em pesquisa e desenvolvimento e parcerias entre grandes empresas com universidades e startups.

Um dos desafios centrais nesse cenário é a qualificação profissional. Segundo dados da Brasscom – Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais, o Brasil precisa de mais de 500 mil profissionais no setor de tecnologia.

“Será preciso capacitar a força de trabalho para garantir a competividade no País e a expansão das infraestruturas de conectividade digital”, afirma Ericson Scorsim (à esquerda), advogado e autor do livro “Jogo Geopolítico e Tecnologias das Comunicações 5G: Estados Unidos e China – Análise do Impacto no Brasil e os desafios, riscos e oportunidades”.

A infraestrutura 5G beneficiará setores econômicos, incluindo agricultura, mineração, petróleo e gás, automotivo, médico e saúde, educação, mídia e entretenimento, jogos, transporte e logística, portos e aeroportos, energia, cidades inteligentes, segurança pública, entre outros.

Com o aumento da capacidade de dispositivos conectados, há maior monitoramento, rastreamento, uso de dados como controle de riscos, uso de drones, inteligência artificial e aplicativos nos mais diversos setores.

Outra área promissora é a demanda por sustentabilidade ecológica. “A tecnologia 5G contribuirá com serviços ambientais para o cumprimento das metas de redução de emissão de dióxido de carbono. Também possibilitará a prestação de serviços para o controle da poluição atmosférica e sonora, diminuindo os danos e melhorando a eficiência”, destaca o especialista.

Para que as potencialidades sejam exploradas, há em todo mundo, e também no Brasil, a constituição de hubs tecnológicos, integrados por empresas de telecomunicações, indústrias de semicondutores, de software, empresas de tecnologias, de computação em nuvem, de computação na borda, fundos de investimentos, poder público, universidades e instituições de pesquisa.

As grandes empresas de telecomunicações brasileiras (Vivo/Telefônica, Algar Telecom, Ligga, TIM, Claro, Embratel) possuem programas de apoio a startups e estabelecimento de associações para inovação. São programas para acelerar e desenvolver soluções disruptivas com foco na Internet das Coisas (IoT).

Dessa forma, existe um campo aberto para o surgimento de novas startups especializadas em 5G, novos modelos de negócios e postos de trabalho. “Para além dos investimentos privados já realizados na busca dos potenciais tecnológicos, é preciso, urgentemente, acelerar a formação de mão de obra. Com investimentos e pessoal especializado, a conectividade digital em tecnologia 5G é motor da propulsão da economia, causando mudanças na sociedade, na cultura e nos governos”, ressalta Scorsim.