AiotAiot


Crescem os ataques aos sistemas de IoT

Relatório afirma que o risco aumentou com o trabalho remoto e 57% dos dispositivos são vulneráveis a invasões de gravidade média e alta

16/02/2021

Crescem os ataques aos sistemas de IoT
Tamanho fonte

Por redação AIoT Brasil

Ransomware Of Things, ou, simplesmente, RoT: acostume-se com esse termo, que deverá se tornar cada vez mais frequente quando o assunto for segurança nas redes de conectividade. Trata-se de um tipo de ciberataque que cresceu nada menos do que 160% no terceiro trimestre do ano passado, como uma evolução do malware que, em vez de roubar uma informação, consegue controlar todos os dispositivos conectados à internet e os bloqueia até que seja pago um resgate.

O crescimento dessa ameaça está diretamente relacionado à adoção em massa do trabalho remoto, que deixou mais vulneráveis os sistemas e dispositivos que utilizam internet das coisas. De acordo com o Relatório de Ameaças de IoT da Palo Alto Networks, 98% de todo o tráfego de IoT não é criptografado e 57% dos dispositivos são inseguros em relação a ataques de gravidade média ou alta, o que os torna um alvo fácil para os invasores. Por sua vez, o Relatório de Cibersegurança 2020 da Check Point Software Technologies afirma que o RoT já é uma das principais táticas dos criminosos, por causa da sua alta taxa de sucesso.

“As novas gerações de ciberameaças destacam-se por serem muito sofisticadas, mas também por utilizarem de forma inovadora velhos recursos, como o ransomware, para contornar as medidas de segurança tradicionais”, explicou Mário Garcia, diretor-geral da Check Point em Portugal e na Espanha, em entrevista à Security Magazine. “O Ransomware of Things é um exemplo claro: os ciberatacantes, aproveitando-se do fato de a conectividade ser o motor do mundo, dirigem os seus ataques a dispositivos móveis pouco protegidos”, acrescentou.

Outro estudo, feito pela Nokia, mostra que no ano passado os dispositivos de IoT responderam por 32,72% de todas as ameaças detectadas em redes móveis, o que representa o dobro dos 16,17% no ano anterior, e a tendência é de aumento significativo nos próximos anos. O trabalho remoto exerce um papel importante nessa evolução, já que o uso da internet em casa costuma ser menos protegido do que no ambiente corporativo.

Um motivo adicional é a vulnerabilidade de alguns dispositivos de IoT, como lâmpadas e eletrodomésticos inteligentes, que podem ser um caminho aberto para as invasões. Em geral, o usuário não avalia os riscos que corre, mas, como lembrou Mário Garcia, “não há segundas chances em cibersegurança, por isso é muito importante buscar meios de proteção desde o primeiro momento com as soluções tecnológicas mais avançadas”.

TAGS

#ciberataque#internet das coisas#IoT#malware#Ransomware Of Things#Relatorio de Ameacas de IoT#RoT#seguranca nas redes

COMPARTILHE

Notícias Relacionadas